Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 848

Nunca imaginei que a pessoa que ocupou minha juventude se vestiria com um manto de monge, a partir de então acompanhado apenas por uma lâmpada antiga e textos sagrados.

Ele se desiludiu com as trivialidades do mundo, ou talvez tenha cortado todos os laços afetivos, sem mais nenhum apego.

Depois de voltar do Templo das Nuvens, adoeci gravemente, com uma febre que não cedia. Passei dois dias em um estado de torpor, sonhando incessantemente. Sonhei com minha infância, meus pais, e também com Dante, Rosalina e Lúcio Henrique.

No sonho, parecia impossível despertar, como se alguém me puxasse, impedindo minha saída.

Entre o nevoeiro da consciência, parece que ouvi a voz de Lúcio, e também de Alonzo, conversando sobre algo.

Não consegui entender, mas após Lúcio partir, os sonhos cessaram.

Quando acordei, o sol lá fora estava particularmente acolhedor, embora um tanto ofuscante. Tentei bloquear a luz com a mão, mas senti que alguém segurava minha mão.

Olhei e vi Alonzo adormecido ao lado da cama, seus cabelos negros brilhando com um tom dourado sob o sol, irradiando luz por todos os lados.

"Alonzo," chamei-o suavemente.

Ele não acordou. Lembro-me de que ele costumava ter um sono leve, acordando com qualquer barulho, mas agora deveria estar realmente exausto para não ouvir meu chamado.

Não o chamei novamente, apenas fiquei observando-o, vendo-o fundir-se com a luz do sol.

Não muito depois, Alonzo mexeu as pálpebras e, ao encontrar meus olhos, despertou imediatamente, "Clara, você acordou?"

"Sim, acordei," minha voz estava um pouco rouca.

"Quer beber água?" Alonzo perguntou, levando minha mão aos seus lábios.

Vendo as olheiras sob seus olhos, imaginei que ele devia estar há várias noites sem dormir.

"Quero," eu realmente estava com sede.

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