Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 97

Fui a um bar.

Fiquei no bar desde as três da tarde até as nove da noite, bebendo sem parar.

Não bebi muito, mas por um longo período, até que minha mente ficou em branco e me senti vazio por dentro.

O dono do bar também me conhecia, então mesmo estando sozinho, não tinha que me preocupar em beber demais e me meter em problemas.

"Quando vai embora? Alguém vai te buscar?" - O dono, chamado de Antonio.

Ele parecia ter mais de cinquenta anos, se meu pai ainda estivesse vivo, eles teriam idades parecidas.

"Agora" - Eu na verdade não queria ir.

Mas teria trabalho no dia seguinte, precisava voltar para descansar.

O álcool de hoje marcou o adeus definitivo ao meu relacionamento com Lúcio.

Levantei-me, apoiando-me na cadeira, mas Antonio me bloqueou: "Não posso deixar você ir assim, vou mandar alguém te levar."

Antonio era muito atencioso, há anos mantinha o bar, que apesar de estar escondido em um beco, era muito frequentado.

Porque quem vinha aqui eram clientes fiéis, velhos conhecidos.

Eu costumava vir aqui quando era estudante.

A primeira vez que vim aqui foi porque fiquei com ciúmes e triste quando vi Lúcio dançando com uma garota que gostava dele.

Naquela noite, bebi demais e dormi até quase amanhecer, quando só restava eu no bar.

Acordei assustada e nervosa, Antonio me preparou um prato de macarrão e disse que sempre que quisesse beber, era para vir aqui, evitar outros lugares, pois poderia ser perigoso.

Desde então, sempre que me sentia mal, vinha aqui.

Ele nunca me impedia de beber, mas sempre garantia minha segurança.

Eu sabia que ele tinha uma filha que, aos dezesseis ou dezessete anos, sofreu abuso após beber por causa de uma desilusão amorosa e acabou se suicidando.

Ele abriu este bar para acolher e proteger garotas que passavam por desilusões amorosas.

Porém, Henrique pagou 200 reais em cash sem sequer perguntar quanto era.

Antonio estava prestes a dizer algo, mas Henrique foi mais rápido: "O extra fica para a próxima vez que ela vier beber."

Teria uma próxima vez?!

Ele me achava uma alcoólatra?

Bom, se ele pensava que estou bêbada, melhor assim.

Henrique me apoiou e caminhamos para fora do bar, um vento frio da noite soprou, clareando um pouco minha mente confusa.

"Você prefere ir de carro ou caminhar?" - Perguntou Henrique.

Fiquei surpresa por um momento, meio atordoada.

Quando Henrique partiu, eu ainda não tinha carteira de motorista, naquela época eu só andava.

Sempre que bebia aqui, e ele vinha me buscar, nós voltamos caminhando juntos.