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Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 169

No carro, Késia esteve distraída o tempo todo.

Depois de saber o preço daquele carro de luxo, ela pôde praticamente afirmar que o veículo definitivamente não tinha sido um presente de Fátima.

Portanto, aquele perfil chamado Demi no seu Whatsapp também não era Fátima!

Não era de se estranhar que, em todas as mensagens de voz, nunca houvesse resposta do outro lado, além de o tom das mensagens ser completamente diferente do de Fátima.

Afinal, quem seria?

Késia buscou em sua mente por um bom tempo, mas não conseguiu associar a ninguém.

Alguém que a ajudasse tanto assim, dificilmente seria um inimigo.

Mas, se fosse uma amiga, quem seria? Seu círculo social era muito restrito, não havia ninguém com capacidade para tal, que pudesse presentear com um carro de luxo sem hesitar… Não havia.

Sim, não havia ninguém.

Antes dos sete anos, talvez ela tivesse pessoas ricas ao redor, mas depois dessa idade, seu mundo desabou completamente. Ela se tornou como uma princesa de conto de fadas, expulsa de um castelo feito de doces e lançada no mundo frio da realidade.

E foi seu próprio pai, Celso, quem a lançou fora!

Késia fechou os olhos, lutando para conter o ódio que ameaçava emergir do fundo de sua alma.

Vinte anos se passaram, mas ela ainda não conseguia esquecer aquele dia…

“Papai, por favor, não vá, Késia vai se comportar muito, muito bem. Por favor, vá ao hospital ver a mamãe, está bem…?”

Naquele dia a chuva caía fortemente. Ela segurava a barra da camisa do homem, suplicando para que ele ficasse, mas foi brutalmente empurrada.

Ela caiu na lama, completamente suja, e ao levantar o rosto viu, dentro do carro, uma menina vestida com um vestido azul de princesa, com cabelo bem arrumado e uma coroa de cristal. A menina olhava para Késia, caída na lama, com desprezo, como se estivesse vendo algo sujo.

Ela ouviu aquela menina chamar Celso de “papai”.

“Papai, estou com fome, vamos para casa logo.”

O mesmo Celso que acabara de empurrá-la assumiu, diante da menina, um rosto de pai carinhoso.

“Minha princesinha está com fome, então vamos para casa agora.”

Não, ele não podia ir embora!

Késia soltou um sorriso frio: “Realmente, que ‘coincidência’.”

Arnaldo, com uma mão no volante, lançou um olhar para Késia no banco do passageiro e disse, ponderando: “Késia, eu gostaria que os dois projetos fossem unificados. A Sra. Correia também concordou em deixar você como responsável principal, enquanto ela ficaria como vice-gerente…”

“De jeito nenhum!” Késia recusou sem hesitar.

Ela não precisava adivinhar para saber que Geovana, de alguma forma ou com ajuda de alguém, tinha conseguido burlar o firewall do seu supercomputador e teve acesso aos dados do seu projeto.

Geovana já tinha mania de furtar, não bastava roubar pessoas, agora queria também roubar repetidamente seus projetos!

Os medicamentos que haviam sido desenvolvidos enquanto ela estava em coma, ela não se importou em discutir, mas agora, desperta, não permitiria que Geovana se desse bem novamente!

Arnaldo franziu a testa, decepcionado. Ele já imaginava que Késia não aceitaria facilmente, mas não esperava uma recusa tão firme.

Nunca havia acontecido antes.

Independentemente do assunto, sempre que ele pedia, por mais difícil que fosse, ela cedia em algum ponto.

Além disso, Geovana era muito sensata. Ao saber que seu projeto coincidia com o de Késia, ela mesma propôs trabalhar como assistente de Késia no projeto.

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