Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 177

Ela havia acabado de chegar à entrada do elevador quando, de repente, uma funcionária se aproximou apressadamente.

“Com licença, a senhora é a Sra. Cardoso?”

Késia ficou sem entender. “Eu sou Késia, o que houve?”

Ao perceber que havia encontrado a pessoa certa, a funcionária explicou: “Sra. Cardoso, soube que a senhora machucou a mão aqui no nosso restaurante. Nossa sala de descanso fica logo ao lado. Por favor, me acompanhe, temos um kit de primeiros socorros lá. Vou ajudá-la com o ferimento.”

Késia ficou um pouco surpresa e olhou para a palma da mão, que estava arranhada.

“Foi o gerente de vocês que pediu isso?”

A funcionária estava prestes a negar, mas ao lembrar do pedido dos clientes na sala reservada, engoliu as palavras.

“Sim, se eu não cuidar bem do seu ferimento, terei meu salário descontado.”

Késia, que sempre preferia não incomodar os outros, pensou em recusar.

Afinal, o ferimento, embora um pouco dolorido, não era grave. Ela havia caído sozinha e poderia cuidar disso em casa, mas ao ouvir que a funcionária inocente teria seu salário descontado, acabou concordando.

“Tudo bem, então. Por favor, seja rápida, estou com pressa.”

“Claro.”

A funcionária respirou aliviada.

Ela conduziu Késia até a sala de descanso ao lado, pegou rapidamente o kit de primeiros socorros e cuidou do ferimento dela.

“Pronto, Sra. Cardoso.”

Késia observou o curativo, mexeu um pouco a mão e percebeu que a dor do ferimento havia diminuído bastante.

“Obrigada.”

Devido à situação familiar, Késia havia sido constantemente intimidada na escola quando era criança. Não tinha pais para defendê-la e não queria preocupar o avô, por isso sempre suportava os machucados em silêncio, dizendo para si mesma que não doía, que estava tudo bem.

Talvez por se convencer tanto, com o tempo, realmente deixou de sentir medo da dor.

Ou melhor, suportar a dor tornou-se um instinto para ela.