Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 181

Aquilo havia sido causado pela segunda vez, quando Arnaldo a segurou mais cedo.

Ela, desolada, esboçou um sorriso autodepreciativo, mas ao levantar a cabeça, já havia recuperado a compostura.

Késia encarou o homem à sua frente. “Sr. Castilho, não se esqueça de que aquele equipamento é meu. Nós assinamos um acordo.”

A outra metade da frase, porém, ela não verbalizou.

Se aquele equipamento não fosse entregue em suas mãos ainda naquela semana, ela contrataria imediatamente um advogado para processá-lo!

O problema era que, naquele momento, ela estava com o tempo extremamente apertado. Até sábado, não teria disponibilidade para lidar com essas questões, e falar demais só faria com que Arnaldo se prevenisse em favor de Geovana, tornando o impasse interminável.

Késia virou-se e saiu do restaurante, chamando um táxi na porta.

“Por favor, motorista, para a Universidade Atlântico Verde.”

Através do retrovisor, ela percebeu que Arnaldo havia saído atrás dela, mas ele apenas parou na entrada, sem qualquer outra iniciativa.

Ela sabia perfeitamente que ele não a seguiria.

No mundo de Arnaldo, sempre foi ela quem corria atrás dele. Jamais ele se rebaixaria para ir ao seu encontro.

Sempre fora assim.

Ela sorriu com amargura e ironia, fechando os olhos, enquanto o cansaço acumulado ao longo dos anos a invadia como uma onda.

Naquele relacionamento, ela já havia sido exaurida e marcada, tanto física quanto emocionalmente.

Gerson, que acompanhava Arnaldo, viu quando Késia entrou no carro e partiu. Não conseguiu evitar e sugeriu: “Arnaldo, por que você não vai atrás dela de carro e tenta conversar melhor com a sua esposa?”

Arnaldo ainda não havia respondido, quando Leôncio se aproximou, ouvindo a sugestão de Gerson. Naquele momento, ele comentou friamente: “E para que persegui-la? Késia agora já está com toda essa pose. Se Arnaldo for atrás dela de novo, ela vai acabar se sentindo ainda mais no direito!”

“……”

Arnaldo permaneceu em silêncio.

Seus lábios finos se comprimiram, o olhar tornou-se sombrio, acompanhando atentamente o táxi de Késia enquanto este desaparecia no tráfego na esquina.

Era evidente que ela tinha ido ali apenas para vê-lo.

Afinal, entre os clientes daquele restaurante, Késia não conhecia mais ninguém.

Ela saiu às pressas, mal conseguiu recuperar o fôlego ao entrar, e esse comportamento reacendeu em Arnaldo lembranças do passado.

Naqueles anos, sempre que ela ia encontrá-lo, chegava correndo.

Hoje, porém, seu comportamento frio indicava que provavelmente não o viu logo ao chegar, sentiu-se magoada e frustrada.

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