Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 571

Flávia respondeu obedientemente: “Está bem. Sra. Cardoso, deixe o Sr. Soares falar com você ao telefone.”

O celular foi passado para Givaldo Soares.

A voz de Givaldo era inconfundível. “Sra. Cardoso, está se sentindo melhor hoje?” Ele conversava com ela sem pressa, de maneira cordial.

Késia Cardoso respondeu: “Obrigada pela preocupação, estou bem, nada grave. Sr. Soares, por que levou a Flávia com você?”

Do outro lado, Givaldo estava na sala de estar de um de seus apartamentos amplos, sentado no sofá, enquanto Flávia, pequena, permanecia ajoelhada no tapete, montando um quebra-cabeça.

Na cozinha, uma senhora preparava o café da manhã. O ambiente era de paz e tranquilidade.

Exceto pelo fato de...

Givaldo olhou para as marcas roxas no braço de Flávia, causadas por apertos.

Não era de se estranhar que aquela família, para evitar exposição, obrigasse Flávia a ir para a escola de manga comprida e a não contar nada a ninguém.

Givaldo sentiu uma pontada de compaixão no olhar.

Na noite anterior, ele havia chamado uma médica para examiná-la. Quando a médica perguntou como aquilo tinha acontecido e se doía, Flávia não ousou responder diretamente; instintivamente, olhou para o rosto dele, procurando sua reação.

Ao vê-lo franzir a testa, Flávia pensou que ele estivesse bravo com ela; a menina encolheu o pescoço e balançou a cabeça, dizendo “não dói”...

Era evidente que só alguém vivendo por muito tempo em um ambiente opressor reagiria desse modo.

“Sr. Soares?” Késia, do outro lado da linha, esperou por uma resposta. Sem ouvir nada, chamou-o com a voz franzida de preocupação.

Givaldo respondeu: “É difícil explicar tudo por telefone, Sra. Cardoso. Quando a senhora terá alta? Flávia está muito preocupada com você; eu a levarei para buscá-la. Além disso, o vovô tem perguntado muito sobre sua situação. Se nos encontrarmos, poderei informá-lo adequadamente.”

Ele apresentou, de uma só vez, dois motivos aos quais Késia não poderia recusar.

Késia hesitou por alguns segundos, depois cedeu: “Está bem, terei alta ainda hoje à tarde.”

Givaldo consultou o relógio de pulso. “Então, vou reservar um restaurante. Posso buscá-la no hospital às seis da tarde?”

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