Ele colocou o celular de volta ao ouvido e perguntou: “O que foi?”
“Fátima voltou para o Brasil hoje. Daqui a pouco, quero sair para encontrar com ela.”
“……”
Arnaldo não respondeu de imediato.
Para ser sincero, dentre as amigas de Késia, ele era o que menos gostava de Fátima e também não desejava que Késia se aproximasse muito dela...
Késia explicou mais: “Fátima tem uma amiga que é uma oftalmologista muito famosa e acabou de voltar do exterior. Quero aproveitar a influência da Fátima e ir consultar meus olhos com ela. Se meus olhos se recuperarem logo, poderei me dedicar melhor ao trabalho.”
Seus olhos já estavam quase no tempo de se recuperar, então ela começou a preparar o terreno.
Arnaldo realmente precisava que Késia se envolvesse no desenvolvimento de pesquisas, visando uma cooperação mais avançada com a BrasilPharm Saúde.
Sem hesitar, ele concordou: “Tudo bem, então. Cuide-se. Precisa que eu providencie um motorista para você?”
“Não precisa, Fátima já mandou um motorista vir me buscar, ele está chegando. Trabalhe bem, lembre-se de comer na hora certa, não vou mais te incomodar.”
“Tá bom.”
Arnaldo desligou o celular, e ao se virar, parou por um instante.
A poucos passos dali, seu filho Ricardo estava atrás dele, sem que ele percebesse, olhando-o fixamente com uma expressão um tanto séria.
“Por que saiu do quarto?” Arnaldo se aproximou e afagou a cabeça de Ricardo.
Logo após nascer, Ricardo já demonstrara uma inteligência extraordinária; exames científicos confirmaram que ele era realmente um gênio.
Por isso, mesmo sendo tão novo, Ricardo já exibia uma maturidade precoce, incomum para a sua idade.
“Papai.” Ricardo perguntou, confuso: “Você não gosta da minha mãe e da mãe da Vânia?”
Arnaldo não esperava tal pergunta do filho e achou engraçado: “Que bobagem é essa?”
Ricardo queria insistir, mas nesse momento, uma ligação da empresa entrou no celular de Arnaldo, que atendeu e respondeu rapidamente: “Ok, estarei aí em uma hora.”
Arnaldo levou Ricardo de volta ao quarto do hospital. Ao abrir a porta, viu Vânia e Geovana se divertindo juntas.
“Vânia, pode descer agora. Deixe a Sra. Geovana descansar bem.” Arnaldo pegou a mochila da filha e estendeu a mão para ela: “O papai vai voltar para o trabalho e vai aproveitar para levar vocês até a escola. Vocês só faltaram a primeira aula hoje, já está na hora de irem.”
Vânia segurou a mão de Geovana, relutante em se separar.
Geovana sorriu com gentileza: “Então, Vânia, a Sra. Geovana vai com você, tudo bem?”
Os vidros escuros permitiam ver tudo de dentro para fora, mas de fora nada se enxergava.
Késia estava no banco de trás, e, através da janela e da rua, observava silenciosamente Arnaldo e Geovana.
Arnaldo, que vinha logo atrás, ao se aproximar do carro, apressou o passo e, gentilmente, abriu a porta para Geovana.
Geovana levantou o olhar e sorriu para ele com doçura, dizendo algo que fez com que o rosto normalmente impassível de Arnaldo também se abrisse em um sorriso.
“……”
Késia desviou o olhar sem expressão e colocou os óculos escuros.
O que os olhos não veem, o coração não sente.
Hoje era Zena, a assistente de Fátima, que tinha vindo buscar Késia.
Zena sabia que a Sra. Cardoso era a única capaz de controlar Fátima, por isso tinha uma atenção especial com ela.
Enquanto dirigia, Zena observava Késia e, ao vê-la colocar os óculos escuros, perguntou gentilmente: “Sra. Cardoso, está incomodada com o sol? Quer que eu abaixe a proteção solar?”
“Não, obrigada.” Késia respondeu levemente, “Só vi algo desagradável.”

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol
Boa noite. Estou lendo o livro Depois da tempestade, quando tento comprar aparece uma nota dizendo para tentar mais tarde. Isso é muito incoveniente....