Depois da Tempestade, Chegou Meu Sol romance Capítulo 78

O Professor Nunes, sendo uma referência máxima no campo da Medicina e indicado ao Prêmio Nobel, naturalmente merecia toda aquela admiração.

Késia permanecia à parte da multidão e viu quando um veículo executivo se aproximou. Um grande grupo de estudantes imediatamente se aglomerou ao redor, mas sem se aproximar demais da porta, receando incomodar o Sr. Nunes e mantendo sempre o devido respeito.

A porta se abriu e, vestindo um terno em tom escuro, com os cabelos grisalhos mas com um vigor notável, o Sr. Nunes desceu do carro. Sua postura transmitia uma aura rigorosa e intelectual. Os estudantes, que minutos antes estavam em clima de euforia, subitamente se calaram e mostraram o máximo de respeito, segurando os livros do Sr. Nunes em busca de autógrafos.

Késia observou de longe, com um sorriso silencioso de saudade.

O Professor Nunes era assim: aparentava ser severo e intimidador, mas, na verdade, sempre tratava muito bem seus alunos. Costumava passar noites em claro revisando teses de formandos, oferecia oportunidades a estudantes talentosos e, quando encontrava alguém com dificuldades financeiras, mas com potencial, não hesitava em ajudar discretamente com recursos próprios...

Apesar de ser um professor tão generoso, Késia havia lhe causado uma profunda mágoa.

Sentindo-se envergonhada, Késia baixou a cabeça e se afastou em silêncio.

O discípulo Sérgio Barbosa, que estava ao lado do Sr. Nunes, percebeu de relance uma silhueta passando ao longe e, surpreso, parou para observar.

Aquele perfil... Por que parecia tanto com Késia?

“O que está olhando? O professor já foi embora.” Caio Ribeiro deu um leve empurrão no colega distraído.

Sérgio olhou para trás: “Caio, achei que vi a Késia...”

Ao ouvir isso, Caio imediatamente tapou a boca de Sérgio, lançando um olhar apreensivo para o mestre que seguia alguns passos à frente. Só quando teve certeza de que o professor não ouvira, soltou o fôlego, aliviado.

“Não fale bobagem.” Caio lançou um olhar severo ao colega e, em voz baixa, advertiu: “Na frente do professor, jamais mencione o nome da Késia!”

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