Roxanne permaneceu sentada em sua poltrona, observando o homem deixar o avião. Levou algum tempo antes que ela se levantasse também.
Assim que o fez, uma onda de náusea a atingiu. Parecia ser uma reação física ao estresse.
Ela segurou o encosto da poltrona à sua frente para se estabilizar. Uma vez que recuperou o equilíbrio, saiu com cuidado do avião.
Ao se dirigir à porta de imigração, sentiu que seu corpo todo doía, e seu estômago mais ainda.
Ao entrar no aeroporto, seguiu direto para o banheiro mais próximo.
“Ah!” Uma voz carregada de irritação soou. Um passageiro caminhava com sua bagagem quando ela esbarrou nele por acidente.
Roxanne fez o possível para suprimir o desconforto que sentia e se curvou apressada para se desculpar com o homem. Depois, continuou correndo em direção ao banheiro, com a mão cobrindo a boca.
Não muito longe, Lucian ouviu a comoção atrás dele, se virou para ver o que estava acontecendo e conseguiu avistar a mulher correndo para o banheiro com a coluna arqueada.
Ele ficou preocupado ao ver tal cena e a seguiu o mais rápido que pode.
Embora Roxanne o tratasse com indiferença, ainda se importava com ela sempre que a via em desconforto.
Quando enfim entrou apressada no banheiro feminino, Lucian parou abruptamente do lado de fora. Com as sobrancelhas franzidas, ele ouviu o som dela vomitando.
A mulher se apoiou na parede, suas unhas haviam ficado brancas de tanta força que fazia ao se curvar para vomitar.
Ela já estava bastante nervosa. Não ajudou que o voo pegasse turbulência, o que acabou causando seu mal-estar estomacal.
Talvez a vontade de jogar tudo para fora tenha sido suprimida pela ansiedade durante o voo. Foi apenas após desembarcar que a sensação de desconforto voltou.
Após um tempo, Roxanne parou de vomitar aos poucos.
Quando endireitou as costas, sua visão ficou turva, mas não chegou a desmaiar.
Ela ficou um pouco mais no banheiro para se recompor antes de sair, apoiando-se na parede.
“O que houve?” A voz de Lucian soou ao seu lado.
Roxanne parou e olhou devagar para ele.
Ela estava confusa ao notar a expressão de preocupação estampada em seu rosto.
Pensei que tivesse ido embora. Por que... está aqui? E me viu neste estado lamentável de novo.
Roxanne retirou a mão da parede e sorriu: “Peço desculpas por fazê-lo se preocupar mais uma vez, Sr. Farwell. Não me senti muito bem após o voo turbulento, mas estou melhor agora.”
Lucian a olhou desconfiado.
A mulher tinha acabado de se recuperar do medo e vomitado tudo. Seu rosto estava pálido como um fantasma.
Suas palavras não o convenceram de forma alguma.
Embora ainda estivesse se sentindo fraca, Roxanne não queria mais se apoiar na parede na frente de Lucian. Tudo o que restava era se controlar e esperar que ele fosse embora.
No entanto, o homem não parecia ter a intenção de sair.
“Se não tiver mais nenhum assunto para tratar comigo, acredito que deva voltar para sua casa, Sr. Farwell.”
Ele ergueu uma sobrancelha: “Acho que não está na posição de me dizer quando sair, Sra. Jarvis.”
Roxanne ficou um pouco surpresa, mas não teve escolha senão admitir que ele estava certo.
Com a forma como ele estava agindo, ambos teriam que ficar ali para sempre se não desse o primeiro passo para sair.
Ela cerrou os dentes e decidiu forçar-se a começar a se mover.
No entanto, suas pernas não tinham força suficiente para sustentar seu corpo. Tinha acabado de levantar a perna para dar um passo quando perdeu o equilíbrio e caiu no chão.
Em seu pânico, estendeu a mão para segurar a parede, mas acabou agarrando um braço forte no lugar.
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