Bruno assentiu com a cabeça. Enquanto desabotoava o paletó, caminhou em direção ao saguão iluminado.
A mansão continuava igual, mas ele sentia que estava muito fria...
Provavelmente porque Helena não estava ali.
A empregada, tentando agradá-lo, pegou o paletó e comentou casualmente:
— Senhor, quer um prato de macarrão simples? Aprendi com a senhora a fazer aquele molho especial de carne.
Bruno parou por um instante:
— Nesses dois meses, a senhora voltou alguma vez?
A empregada balançou a cabeça.
Bruno se sentiu desolado, não perguntou mais nada e subiu direto para o escritório no segundo andar.
Tudo estava como antes.
A única diferença era uma intimação judicial sobre a mesa reluzente... A audiência seria depois de amanhã.
A janela do chão ao teto estava tão limpa quanto um espelho, refletindo a luz, e também a decadência de Bruno.
Ele vestia um terno feito sob medida, com o cabelo cuidadosamente penteado com pomada, tudo parecia impecável por fora, mas por dentro, ele estava devastado.
Bruno pegou um pacote de cigarro da mesa, tirou um e o acendeu lentamente.
A fumaça azulada se espalhou pelo ambiente...
Seus olhos nunca pareceram tão profundos.
Após metade do cigarro, ele tomou uma decisão. Bruno apagou a brasa, pegou o celular e discou um número que não ligava fazia tempo, dizendo:
— Manuel, vamos nos encontrar.
...
Meia hora depois, no restaurante Fonte Oculta da Cidade D.
Com poucas palavras, Manuel entendeu a mensagem: Bruno estava se preparando para enfrentá-lo.
Mas ele não se assustou. Pelo contrário, se aproximou de Bruno e ficou ao lado dele, observando a vista noturna da cidade.
Depois de um momento, Manuel disse com calma:
— Eu a salvei e estive ao lado dela todo esse tempo não para conquistá-la, mas para ajudá-la a sair de um casamento sem amor. Bruno, você não merece tê-la, não merece o amor dela. Você teria coragem de contar a ela o seu verdadeiro segredo? Teria coragem de falar sobre a existência de Melissa?
A noite parecia envolta em sombras misteriosas.
Toda a cidade parecia mergulhada em espectros e fantasmas.
Bruno, vestido de preto com elegância, estava iluminado lateralmente pela luz, seu perfil parecia uma pintura oriental de tinta e água, refinado como jade nobre.
Ele virou o rosto para Manuel, o olhar profundo:
— Sim, eu não mereço! Mas eu quero tê-la.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...