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Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 113

Bruno manteve a expressão tranquila e até sorriu com gentileza:

— Sim, voltei há alguns dias! Quando soube do problema na família do Manuel, convidei a Alice para algumas refeições. O ambiente aqui é bem agradável.

Se pudesse, Helena pegaria o castiçal da mesa e abriria um buraco na cabeça dele, mas ela se conteve, e saiu do restaurante levando Alice consigo.

Bruno tinha ido buscar Alice para jantar. Helena chamou um táxi e passou o endereço dela ao motorista.

Antes de entrar no carro, Alice, com os olhos marejados de vergonha, disse:

— Helena...

Helena permaneceu em silêncio. Alice era jovem demais, não era de se espantar que caísse na armadilha de Bruno.

Com delicadeza, ela afastou os fios de cabelo do rosto da garota e os prendeu atrás da orelha. Depois falou suavemente:

— Entra no carro, sua mãe ainda está te esperando em casa.

Alice entrou no táxi. Era visível que começava a entender a situação. Tapou o rosto com as mãos e desabou em lágrimas.

Ela chorava, envergonhada por ter se deixado levar por um encantamento tolo.

A noite estava envolta em néons, bela e cruel.

Helena permanecia ali, sentindo o corpo gelar.

Ela conhecia Bruno bem demais, e conhecia também a pureza de Alice.

Mesmo que agora ela tivesse acordado, bastaria uma ligação de Bruno para fazê-la mergulhar de novo naquela ilusão, com a cabeça tomada por um amor cego.

...

Helena não voltou ao restaurante, foi direto para casa e, como imaginava, Bruno já estava lá.

Um carro preto estava parado sob a árvore de folhas largas. Do vidro entreaberto, saía uma mão longa e elegante segurando um cigarro. A brasa subia e descia com o movimento da mão. Só de olhar, já era algo que agradava aos olhos.

Helena sabia que ele tinha vindo por ela.

Aquela aproximação com Alice era só um jogo para forçá-la a ceder.

Ela se aproximou, abriu a porta do carona e se sentou ao lado de Bruno.

O homem virou o rosto para ela, apagou o cigarro e disse com uma voz calma e suave:

— Ver você... Não foi nada fácil.

Segurando firme o pulso dela, ele a pressionou contra o banco. Do lado de fora, ninguém veria o quanto ele estava sendo impositivo.

Dentro do carro escuro, os sentidos se aguçavam.

O cheiro do pós-barba de Bruno, misturado ao aroma de tabaco fresco, invadia o espaço entre eles. Helena se deixou cair contra o estofado de couro, abatida. Ela murmurou:

— Bruno, o que é que você realmente quer?

Bruno devolveu com a voz baixa:

— Você se apaixonou por ele?

Cinco meses. Cento e cinquenta dias. Ambos solteiros. Bruno tinha que perguntar.

Os olhos de Helena estavam tomados de brilho. Ela o olhou em silêncio e respondeu, com suavidade:

— Isso te diz respeito?

Ele levantou a mão e acariciou o rosto claro dela:

— Eu não permito que você goste dele.

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