Pouco depois, os empregados conduziram o casal Fernandes até o interior.
A Sra. Fernandes estava visivelmente descontente.
Quando eram jovens, Agnes era inferior a ela em todos os aspectos. Agora, quem diria, os papéis haviam se invertido, e ela se via numa posição de ter que implorar para aquela mulher desprezível.
Marco, antes de entrar, tentou amenizar a situação com palavras gentis. A Sra. Fernandes riu friamente:
— Agora você sabe bancar o bonzinho! Naquela época, em termos de talento, você não chegava aos pés dela. Se não fosse pela parcialidade do meu pai, aquele grande prêmio nunca teria sido seu, Marco, teria sido daquela vadia!
Marco hesitou por um instante, murmurando:
— Deixa isso para lá... Isso é coisa do passado.
Ela soltou outra risada irônica:
— Às vezes até sinto pena dela, por ter sido enganada por um falso moralista com você.
Com poucas palavras, os dois adentraram a Mansão dos Cunha.
A Mansão dos Cunha era a residência mais luxuosa da Cidade Y. Olhando da entrada, o interior era pura opulência. A sala de estar tinha mais de cem metros quadrados. A sala de jantar, com cúpula panorâmica, tinha iluminação natural de 360 graus e um sistema de elevador automático.
O casal Fernandes ficou deslumbrado com tamanha riqueza.
E ficaram ainda mais surpresos ao ver que os membros da família Lima já estavam lá antes deles. Então era por isso que tinha tantas limusines pretas paradas na entrada, todas com placas da Cidade D.
Marco, ao ver Helena, se sentiu tomado por um súbito afeto paternal.
Ele pensou: “A família Cunha é tão rica, com certeza são pessoas razoáveis”. Assim, se dirigiu respeitosamente a Janaína:
— Vim hoje, com toda humildade, para realizar um desejo antigo: reencontrar minha filha, de quem fui separado há tantos anos.
Janaína não ofereceu chá, apenas levantou levemente as sobrancelhas e disse:
— Veio reconhecer a filha? Pois então te digo: nestes dias tivemos uma grande alegria na família Cunha. David e Agnes reencontraram a filha deles, ela se chama Helena. Eu gostei muito da menina.
Marco, emocionado, disse:
— Essa é minha filha de sangue!
Janaína arregalou os olhos, exclamando:
— Sua filha de sangue? Sua filha de sangue não está presa? E onde que tem a tal filha sua aqui? Me diga, você cuidou dela por um único dia? Deu a ela um prato de comida quente? Levou na escola ao menos uma vez?
Janaína fingiu surpresa, exclamando:
— David, isso é coisa sua?
David envolveu o ombro da esposa e sorriu com elegância, explicando
— Apenas comprei alguns carrinhos novos para a Helena brincar. Se ela gostar de algum modelo novo no futuro, compramos mais.
Janaína, por uma vez, elogiou o filho:
— Desta vez, você agiu bem. Filha deve ser mimada, mesmo.
Depois disso, ela lançou um olhar penetrante para Marco.
Marco ficou ainda mais hesitante.
Apesar da grande reputação, ele estava de bolsos vazios, como poderia competir com esse nível de ostentação? Ele não sabia o que podia fazer.
Janaína riu com desprezo:
— E eu pensando que você queria dar uma vida boa à Helena! Mas pelo visto está é liso, não tem nem umas moedinhas no bolso. Veio de mãos abanando à mansão dos Cunha querendo reconhecer filha? Já entendi... Você está com medo de envelhecer, ficar doente e não ter quem cuide de você, então vem usar o nome de pai agora.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...