Harley saiu do hospital e voltou correndo para casa. Assim que o carro parou, ela perguntou ao Kleber:
— Onde está o Tomás?
Kleber, segurando o riso ao ver o estado dela, apontou para o escritório da casa e disse:
— Está conversando com o Sr. Vitor.
Harley nem se importou com a aparência. Naquele momento, seu coração só pensava no netinho.
No escritório do segundo andar, o aroma de chá pairava no ar. Tomás e Vitor estavam discutindo negócios. Com Bruno fora por dois meses, a empresa estaria cheia de coisas para resolver, era necessário que alguém de confiança assumisse o comando. A proposta de Tomás era que Vitor fosse trabalhar na empresa.
Os dois conversavam quando Harley, descabelada e tropeçando de ansiedade, entrou de supetão e soltou um grito aflito:
— Tomás!
Tomás levou alguns segundos para reagir, repreendendo:
— Desse jeito, vão pensar que seu marido morreu!
Harley só então viu Vitor ali e ficou um pouco sem jeito, murmurando:
— Ah, o cunhado também está aqui. — Ela prendeu o cabelo rapidamente e disse a Tomás. — Temos uma boa notícia na família. A Helena está grávida.
— O quê?! — Tomás se levantou num pulo. — E o Bruno? Ele foi para o exterior! Como é que vai ser isso?
Vitor também achou a situação complicada.
Foi então que Harley começou a se achar. Ela caminhou até o marido, pegou uma xícara de chá, tomou um gole e disse com o nariz todo empinado0:
— Assim que soube da notícia, mandei o Valdomiro me levar ao aeroporto e consegui impedir o Bruno de embarcar. Tomás, você nem imagina o sufoco que foi, o Bruno já estava na área de embarque, mas mesmo assim eu consegui interceptá-lo!
Ao chegar nesse ponto, o rosto de Harley brilhava de satisfação, ela estava visivelmente orgulhosa.
Tomás, tomado por alegria e alívio, segurou a mão da esposa:
— Você fez muito bem.
Vitor também elogiou:
— Cunhada, você foi corajosa e sábia.
Bruno estava ajoelhado em frente à Mansão dos Cunha.
David, para evitar constrangimentos, havia se escondido. Agnes estava despejando toda sua raiva em Bruno, não apenas o insultava, como também amaldiçoava toda a família Lima, incluindo sua mãe e seus antepassados.
Tinha chovido à tarde, e Bruno continuava ajoelhado diante do portão.
Sua camisa preta estava completamente encharcada, grudada no corpo. Seu rosto bonito, suas sobrancelhas marcantes, tudo estava coberto de gotas.
Fabrício trouxe um banquinho e ficou do lado, assistindo à cena e comendo pipoca, como quem assiste a um espetáculo. “O falsos moralista finalmente teve o seu dia!”
Harley ficou com o coração despedaçado, olhou para o marido com os olhos cheios de lágrimas, chamando:
— Tomás...
Ela estava arrasada, e Tomás mais ainda. Afinal, Bruno era seu filho mais estimado. Ver ele ali, ajoelhado humildemente na porta dos outros, enquanto os empregados passavam e cochichavam, era demais para ele.
Mas, mesmo assim, Tomás se manteve firme. Com o semblante duro, disse à esposa:
— Deixa ele ajoelhado, ninguém pode ajudar! Ele merece. Se ele errou, então tem que pagar por isso.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...