No outono, o chão estava coberto de folhas caídas.
Na cidade D, uma mansão recebeu a chegada de uma fileira de carros pretos. O comboio, composto por nada menos que oito veículos, exalava imponência.
Os empregados da mansão tentaram impedir a entrada, mas como poderiam conter vinte homens vestidos de preto?
O mordomo idoso foi agarrado à força e levado até Helena. Seu corpo inteiro tremia de medo.
Com um olhar gélido, Helena perguntou:
— A Camila está em casa?
O velho mordomo se fingiu de desentendido, tentando mudar de assunto.
Helena não se importou. Passou por ele sem hesitar e seguiu para o grande salão da mansão, acompanhada por Ana e os vinte seguranças.
Camila estava relaxada no sofá, desfrutando de uma máscara facial, quando, de repente, percebeu que estava cercada.
Ela se sobressaltou e, num instante, começou a gritar:
— O que vocês pensam que estão fazendo? Eu aviso que invadir minha casa é crime!
— Crime? — Helena saiu do meio da multidão, fitando Camila com um sorriso frio. — Pelo que me lembro, o Bruno e eu ainda não estamos divorciados. Continuo sendo sua esposa. E esta casa... É um bem do nosso casamento.
Helena apontou para Camila e para o luxuoso salão ao redor.
— Tudo o que você tem, até mesmo sua roupa íntima, se foi comprado com o dinheiro do Bruno, eu tenho o direito de recuperar. Aquela sua coleção de bolsas? Faz parte do patrimônio conjugal. E esta mansão? Tenho direito a metade dela. Agora, estou exigindo legalmente que você se retire. Não me parece um pedido absurdo, certo?
Camila ficou furiosa.
— O Bruno não vai deixar isso barato para você!
A expressão de Helena permaneceu indiferente.
— Antes que ele chegue, eu não vou deixar barato para você.
Dizendo isso, pegou um vaso de vidro soprado. Era uma peça assinada por Estêvão, avaliada em mais de trezentos mil reais. Nem valia a pena mencionar o valor total daquela mansão repleta de luxo.
Ela lutou ao lado de Bruno, batalhou para construir tudo aquilo... E, no fim, era outra quem desfrutava? Que ironia.
O vaso se estilhaçou. Trezentos mil reais sumiram em um piscar de olhos.
Helena encarou o rosto pálido de Camila e, com uma serenidade assustadora, ordenou aos homens de preto:
— Destruam tudo. Não quero ver nada aqui do jeito que está agora.
Camila soltou um grito agudo:
— Vocês não podem fazer isso! Esta é a minha casa!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...