Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 212

Helena estava encharcada de suor, respirando com dificuldade, o olhar um pouco disperso.

— Helena! Helena, você precisa aguentar! — Agnes gritava, chorando desesperada.

Helena olhou lentamente para ela, juntou forças por um longo momento e disse baixinho:

— Eu vou aguentar... Vou dar à luz este bebê...

Um grito lancinante escapou de Helena, que segurou firme os lençóis de dor.

O parto começou a se intensificar. Dentro e fora da sala, todos começaram a se movimentar rapidamente.

O médico saiu e, com expressão grave, informou:

— A parturiente está com hemorragia severa, vocês precisam se preparar psicologicamente. Se não tiver outro jeito, só podemos sacrificar o primeiro bebê para salvar a mãe e o segundo bebê.

Janaína ficou estática por um tempo, depois suspirou profundamente.

Harley, com os olhos cheios de lágrimas, foi apoiada firmemente pela secretária Juliana, que dizia para ela se manter firme.

Bruno fechou o punho com força, as veias da testa saltando, o corpo todo tenso como uma corda de arco.

Mas a situação piorou: o sangramento de Helena não parava. Se continuasse assim, o estoque de sangue RH negativo seria insuficiente. No fim, as três vidas poderiam estar em risco.

Os olhos de Bruno se escureceram, e ele disse suavemente ao médico:

— Não importa o que aconteça, primeiro devemos salvar a mãe.

Ele amava filhos, gostava de crianças, mas não podia permitir que Helena perdesse a vida.

Harley, também em lágrimas, disse:

— Sim, a vida da mãe é o mais importante.

O médico olhou para eles e voltou para dentro. Se em meia hora o bebê não nascesse, provavelmente não seria possível salvá-lo. A prioridade era proteger a vida da mãe.

A situação se tornava cada vez mais crítica. Helena quase entrou em choque, seu risco de vida era iminente. E, pior ainda, os sacos de sangue previamente suficientes já não davam conta da demanda. Numa noite como aquela, conseguir esse tipo de sangue especial era praticamente impossível.

Dentro da sala de parto, ouviam-se os soluços baixos de Agnes.

Bruno não parava de telefonar, reunindo os melhores obstetras da Cidade Y. Terminada a ligação, ele estava pronto para entrar e acompanhar Helena.

No corredor movimentado, Bruno se ajoelhou lentamente diante da Sra. Rocha.

— A Helena é inocente, por favor, salve ela! — Ele implorou com a voz rouca.

Ele fez três reverências para Sra. Rocha, três para a família Rocha e três para Manuel.

A Sra. Rocha estava com os olhos marejados. Pela primeira vez, se sentiu aliviada, vingando Manuel.

Harley chorava alto:

— Bruno! Oh, meu Bruno!

Bruno permaneceu ajoelhado, lágrimas caindo do nariz, abandonando todo orgulho e vaidade. Sua voz era humilde e sincera:

— Agradeço a senhora em nome de Helena e das crianças que ainda vão nascer. Que todos os meus pecados sejam assumidos apenas por mim!

A Sra. Rocha, reprimindo as emoções, disse com a voz trêmula:

— Agora, estamos quites.