Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 233

O céu começava a escurecer.

No jardim do primeiro andar, se ouviu o som de um carro.

O veículo parou lentamente, e dentro dele estavam a babá e Bella. Pela primeira vez, Bella iria conhecer Gonçalo. Generosa, ela trouxe um petit gâteau para compartilhar.

A porta do carro se abriu, e um homem alto e imponente estava parado do lado de fora, olhando para ela.

Bella adivinhou quem ele era. Seu rostinho demonstrou surpresa por um instante, destacando ainda mais sua beleza sob o crepúsculo.

Sim, ela era filha de Bruno. Como poderia não ser bonita? Cada detalhe de seu rosto parecia esculpido com perfeição, como se feito sob medida.

Bruno se ajoelhou, sem dizer nada, e a abraçou suavemente.

Sua pequena filha.

Bruno segurou a menina, com o rosto enterrado no pescoço quente da garotinha, pensando: "Quando a Bella foi embora, ela ainda era um bebê tão pequeno. Agora, cresceu tanto, ficou tão radiante e linda!"

Qual pai biológico não ficaria encantado ao ver sua filha?

A Bella cresceu no exterior, mas, no fundo, ainda não está acostumada com tantas demonstrações de afeto. Mas esse... Era o pai dela.

A pequena sempre foi forte, mas agora seu rostinho estava desabando, como se quisesse chorar.

Bruno a segurou com força, sentindo a emoção do reencontro após a separação. Nesse momento, ele se odiava profundamente. Se não fosse por ele, seus filhos nunca teriam perdido o amor de pai e mãe. Eles teriam crescido em uma família completa.

Depois de um longo tempo, Bruno conseguiu controlar suas emoções. Ele pegou o petit gâteau, perguntando:

— Isso é para o seu irmão mais velho?

Bella olhou para Gonçalo, que era pelo menos uma cabeça mais baixo que ela. Ela se recusava a chamar ele de irmão mais velho.

Ela não sabia de onde tinha vindo aquela ideia, mas falou com grande convicção:

— Isso é para o Gonçalo! Daqui em diante, eu vou proteger o Gonçalo e dar surra nos outros por ele.

Ela balançou os bracinhos finos e exibiu um sorriso com seus pequenos dentes brancos.

Aquele jeitinho dela lembrava muito o Bruno.

O rostinho de Gonçalo ficou vermelho., e le era de fato um garotinho tímido. Mais tarde, foi convencido por Bella a chamá-la de irmã mais velha várias vezes.

Bruno olhava para Bella e achava que ela parecia com ele, mas também com Helena.

Ele estava extremamente orgulhoso e, com um só braço, pegou Bella no colo, caminhando em direção ao salão iluminado. Gonçalo seguia obedientemente o pai, como sempre fazia, sendo o pequeno companheiro inseparável dele em casa.

Pouco depois, Bruno colocou Bella em uma cadeira de jantar, se preparando para a refeição.

Bella piscou os olhos, curiosa:

— O que aconteceu com a mão do papai?

Bruno virou a cabeça para olhar o braço e respondeu com leveza:

— Tive um pequeno acidente de carro há dois meses. Me machuquei, mas vai levar um ano ou mais para melhorar completamente.

Mesmo as crianças mais espertas eram fáceis de convencer.

Era raro Helena se juntar à mesa para uma refeição. Durante o jantar, Bruno alimentava Gonçalo. Talvez por sentir que devia muito ao filho, ele o mimava bastante. Helena não dizia nada, pois temia parecer uma madrasta severa.

Bella fez uma careta e brincou:

— O Gonçalo é tão tímido! Já tem quatro anos e ainda precisa que o papai o alimente.

Gonçalo ficou um pouco envergonhado e começou a comer sozinho, mas logo se encostou novamente no pai. Ele parecia um doce bebê fofinho, mais delicado até do que outras crianças.

Mas Bella gostava dele. Gonçalo era bonito, tinha um cheirinho gostoso e parecia uma boneca de porcelana.

Depois do jantar, Bella ofereceu um petit gâteau e generosamente compartilhou com Gonçalo. Ela também insistiu em dormir com ele.

Gonçalo olhou para o pai, visivelmente nervoso.

Na verdade, ele queria dormir ao lado dela, mas não sabia como expressar isso.

Bruno pensou por um momento e decidiu os colocar para dormir no quarto das crianças. O quarto ao lado era uma suíte de hóspedes, ideal para Helena passar a noite.