Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 243

Bruno entrou no quarto.

Ele se sentou à beira da cama, estendeu a mão e acariciou os rostos dos dois filhos. Então, disse em voz baixa:

— O Gonçalo precisa de cuidados. Por isso, pensei em me casar de novo.

Com lágrimas nos olhos, Harley hesitou em falar. Ela não entendia por que Bruno insistia em reprimir seus sentimentos, por que ele não contava a Helena sobre o que aconteceu no passado, sobre o acidente que esmagou seu braço, ou sobre a doença de Gonçalo. Se ele tivesse contado, pelo menos a família teria ficado unida, e Gonçalo não precisaria lidar com uma madrasta.

Sob a luz amarelada, o rosto de Bruno parecia sereno. Ele não queria que Helena sofresse.

Ela sofreu injustiças por toda a vida, e ele havia prometido lhe devolver a liberdade.

Tomás a impediu, suspirando baixinho:

— Deixem que os mais jovens decidam por si mesmos.

O casal se retirou silenciosamente.

A noite estava tranquila, restando apenas o antigo casal de desafetos e duas adoráveis crianças.

Helena foi ao banheiro para buscar uma toalha quente para limpar Bella. Passou a toalha com cuidado por todo o corpinho da menina e, em seguida, a cobriu com o cobertor com todo o carinho.

Bella parecia muito mais confortável, dormindo profundamente. Sua cabecinha grande, em contraste com o pequeno corpo, era encantadora, e o cheirinho doce de leite que exalava tornava impossível não querer a abraçar e a encher de beijos.

Helena, encantada, não resistiu e depositou um beijo na testa de Bella. Ao se levantar, acabou esbarrando em um corpo masculino firme.

Era Bruno.

Helena se assustou, mas o homem já havia segurado sua cintura delicada. Seu rosto estava tão próximo que suas respirações se misturavam, quentes e intensas. Ele a encarou nos olhos e murmurou quase num sussurro:

— Você o aceitou?

Helena ficou levemente confusa, mas logo percebeu que Bruno estava se referindo a Rui.

Sem responder diretamente, ela disse:

— No momento, não estou pensando nisso.

Ela tentou se desvencilhar, sinalizando para que ele a soltasse.

Os dedos longos de Bruno, que estavam em sua cintura, acariciaram-na suavemente, relutantes, mas ele acabou cedendo e a soltou.

Helena sabia que ele havia fracassado em seu último encontro arranjado e, ao vê-lo agir assim, não conseguiu evitar comentar:

— Bruno, você está mesmo com pressa.