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Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 257

— Solta...

Mas o homem não se importou com seu pedido. Seus olhos negros estavam cheios de intensidade, segurando o rosto dela com uma mão como se quisesse engoli-la por completo. Ele ainda agarrou os braços de Helena, puxando-os para seu pescoço.

Ele queria que ela o olhasse, queria que ela visse como ele a beijaria.

Tudo ficou confuso. Aqueles sentimentos reprimidos de amor e ódio irromperam, se transformando em um corpo colado ao toque apertado.

Lá fora, a chuva fina caía sem cessar.

No limite entre razão e desejo, eles ainda se controlaram para não chegar ao último passo. Helena se apoiou no ombro dele, a voz saindo leve e desesperada:

— Bruno, eu ainda te odeio.

A camisa de Bruno estava solta. Ele segurava o corpo macio da mulher, a voz úmida e rouca ao responder:

— Eu sei! Helena, eu sei!

Lágrimas quentes escorriam pelo rosto dela, mas Helena não deixava Bruno vê-las. Aquele era o seu momento mais vulnerável.

...

À noite, Bruno voltou para a suíte principal.

A mala estava jogada no closet. Primeiro, ele foi ao banheiro, tomando banho. A água quente lavava o corpo, mas ele não pôde deixar de olhar para o próprio braço direito, se lembrando do toque de Helena.

Eles haviam sido marido e mulher por anos, ele sentia que o coração dela estava amolecendo, mas... Ela ainda não conseguia se desprender das mágoas.

Depois dessa noite, ficou evidente que Helena evitava a presença dele. Durante o dia, com o Bruno na empresa estava tudo bem, mas à noite, quando ia ver as crianças, ela fingia estar ocupada no banheiro ou aplicando produtos de beleza, evitando qualquer momento a sós com ele.

Nesta noite, as crianças já dormiam. Bruno se levantou e viu a luz do closet acesa, então caminhou naquela direção silenciosamente sobre o tapete grosso.

Helena aplicava creme, com ar distraído. Bruno se aproximou da penteadeira e mexeu nas joias dela, todas as que Helena gostava de usar no dia a dia.

Os brincos de pérola estavam jogados friamente ali.

Bruno perguntou baixinho, com ternura:

— Não vi você usando esses dias, é porque não gostou? Se não gosta, da próxima eu escolho outro.

Helena olhou para ele no espelho e respondeu baixinho:

— Melhor nem comprar.

Num piscar de olhos, chegou o dia da cirurgia. Um mês de convivência, e a relação deles estava sutilmente tensa. Em meio ao ódio, havia a atração contida.

Às nove da manhã, a limusine preta parou lentamente no estacionamento do hospital. Antes de sair, Bruno segurou a mão de Helena e falou:

— Se tiver muito medo, ainda dá para desistir...

A coleta de óvulos era extremamente dolorosa, comparável ao parto. Bruno se preocupava, tinha dó dela.

Mas Helena, após várias aplicações de injeção, não poderia desistir. Ela abriu a porta do outro lado e saiu. Bruno não teve escolha senão acompanhá-la.

Não esperavam encontrar Manuel e Karen no hospital.

Joana estava doente. A menina era carregada pelo pai, pálida e frágil. Segurando a mão da mãe, a pequena pediu baixinho:

— Mamãe, não vá trabalhar hoje, pode ser?

Karen acariciou a cabeça de Joana, dizendo:

— Depois que a Joaninha dormir, a mamãe vai para a empresa. Pode ser?

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