Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 259

A mulher amada, macia e delicada, colada ao seu peito... Como Bruno poderia não se comover?

Mas ele não podia ceder. Com voz suave, acalmou Helena, lembrando-a de que Gonçalo ainda tinha tempo, que ela acabava de passar pelo procedimento de fertilização in vitro, e que seu corpo não estava pronto para intimidade.

Helena foi se acalmando aos poucos.

O sol poente laranja refletia nas vidraças, como chamas lambendo o vidro. No quarto, a luz quente tingia tudo, como um vitral âmbar, envolvendo o casal.

Helena não se afastou, seus braços ainda envolviam o pescoço dele.

Na verdade, ela estava com medo. Sendo uma mãe, como poderia não ter medo?

Depois de anos de casamento, Bruno a conhecia bem, ele percebeu que Helena havia chorado. Segurando seu corpo, suas mãos deslizando suavemente pelas costas, ele a acalmava com ternura:

— Estou aqui, o Gonçalo vai ficar bem.

Helena ergueu a cabeça e olhou para ele.

Naquele momento, ela estava completamente submissa, na primeira intimidade deles depois de tantos anos. Era como na primeira vez dela.

Bruno não conseguiu se conter; segurou seu rosto e a beijou. O beijo começou delicado, mas desceu pelos olhos e bochechas até os lábios corados da mulher. Helena parecia em transe, sem resistir, então o beijo foi se tornando cada vez mais intenso e envolvente. Bruno se curvou ligeiramente, seus músculos e braços tensos, formando linhas fortes.

No reflexo da parede ao lado da cama, tudo se sobrepunha.

Quando o beijo terminou, Helena despertou do transe, afastando o rosto dele.

Bruno não insistiu. Meio ajoelhado diante dela, passou os dedos suavemente pelo seu rosto delicado e falou:

— Não chore, tudo bem?

Helena se sentiu constrangida.

Naquele momento, ouviram uma batida na porta e a voz da empregada:

— Senhor, a secretária Juliana chegou. Ela disse que há algo importante para discutir com o senhor.

— Que assunto importante aparece a essa hora? — Perguntou ele.

Juliana ponderou e disse:

— O senhor me pediu para ficar de olho na situação da Mosaic, e, hoje à tarde, soube que o Adv. Manuel vai vender suas ações. Pelo que ouvi, ele pretende viajar para o exterior.

Bruno era o primo da Karen, então sabia o que estava acontecendo com a família Rocha. Joana estava doente, e Manuel provavelmente levaria a filha para viajar e relaxar, aproveitando para cuidar da sua doença através dos avanços médicos do exterior. Mas vender a Mosaic seria realmente um desperdício.

Bruno olhou para Juliana, fez uma ligação para o responsável por uma empresa integralmente controlada pelo Grupo Glory e ordenou que, através dele, a empresa compraria 30% das ações da Mosaic por 4,5 bilhões.

Quando desligou, Juliana perguntou:

— Por que o senhor comprou?

Bruno sorriu levemente, amargamente:

— Eu devo isso ao Manuel! Além disso, ele estava com pressa para vender, não é? Essas ações serão para a Joana, como um pequeno gesto do tio dela.