Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 269

No sul da cidade, na superfície de um lago, a luz refletida dançava como ouro... Era um reencontro invisível.

Uma lanterna em formato de coração flutuava, acompanhando as ondas.

Helena estava à beira do lago, observando a lanterna se afastar, flutuando para algum lugar desconhecido. Ela acreditava que naquele lugar devia estar sua avó.

"Vovó, a sua Helena voltou. Eu fui à Rua da Planta, olhei onde a gente morava antes. Hoje em dia, já são prédios altos, não é mais como antes, mas aquela nogueira-do-japão ainda está lá, em frente à nossa antiga casa. Naquela rua, pedi uma porção de feijoada de lá, mas não é tão gostosa quanto a sua. Vovó, o Gonçalo e a Bella cresceram. Por causa do Gonçalo, eu engravidei de novo, e o bebê vai se chamar Sofia. Sabe, vovó, sinto muito a sua falta..."

Helena ficou ali por muito tempo. Somente quando os flocos de neve começaram a cair, ela se virou.

E então, ela viu Bruno.

O homem vestia preto, com o olhar sério, carregado de lembranças e melancolia. Após um momento, ele se aproximou e a envolveu em um abraço, dizendo com a voz rouca:

— Está frio à noite, vamos para casa.

Helena, porém, segurou seu braço e, olhando para os flocos de neve, murmurou com uma expressão perdida:

— Bruno, você acha que as pessoas têm alma?

Bruno não sabia, mas sabia que ficaria devendo à Helena para sempre.

...

De volta à mansão, Bruno levou Helena para o andar de cima e pediu aos empregados que preparassem um chá quente.

No segundo andar, a neve caía suavemente do lado de fora da janela panorâmica, mas o quarto estava quente como a primavera.

Era um dia especial, Helena claramente estava triste e silenciosa. Bruno se agachou diante dela no sofá, segurando delicadamente sua mão, e disse:

— Da próxima vez que quiser ir lá, eu vou com você, tudo bem?