Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 39

Camila quis se aproximar, mas sua mãe a segurou.

A Sra. Fernandes advertiu em voz baixa:

— Aqui não é lugar para suas disputas infantis de ciúmes. Camila, aprenda a diferenciar as ocasiões.

Camila ficou imóvel, com os olhos marejados.

Ela ansiava pela atenção de Bruno, mas ele nem sequer lhe dirigiu um olhar. Bruno segurava a mão da esposa enquanto cumprimentava David e sua esposa:

— Boa noite, Sr. David, Sra. Cunha.

O Sr. David, um homem elegante na casa dos cinquenta anos, sorriu com simpatia:

— Bruno, que sorte a sua.

A beleza da esposa era o prestígio do marido.

Até mesmo Bruno não resistiu e olhou para Helena com um leve sorriso.

A Sra. Cunha segurou a mão de Helena com intimidade e disse afetuosamente:

— Fiquei tão feliz quando soube que vocês haviam reatado, mas não tive a coragem de incomodá-los.

O Sr. David, brincalhão, puxou a esposa para perto e riu:

— Deixe que eles aproveitem o reencontro como um novo começo. — Ele amava sua mulher e, por isso, tinha uma ótima impressão de Helena. Com naturalidade, até fez um comentário inesperado. — Você e a esposa do Bruno se deram tão bem… Olhando bem, tem até uma certa semelhança nos traços de vocês, não acha, Bruno?

Bruno nunca prestou atenção em detalhes de aparência das mulheres.

Mas, como homem de negócios, era mestre em conversas diplomáticas, então ele respondeu:

— Realmente tem uma certa semelhança.

A Sra. Cunha olhou fixamente para Helena, quase hipnotizada.

Ela gostava tanto da esposa de Bruno...

“Se fosse a minha filha, seria tão bom!”

Mas como poderia ser?

O mundo era grande demais para coincidências assim.

O Sr. David percebeu a emoção da esposa e a abraçou com carinho, se desculpando:

— Acho que falei besteira, vou te compensar por isso mais tarde.

A Sra. Cunha repousou a cabeça no ombro do marido, parecendo frágil.

A neve caía forte naquela noite... Sua filha tinha apenas cinco anos. Ela mesma havia desmaiado durante uma crise de saúde e, ao despertar, a menina já não estava mais lá.

Tantos anos haviam se passado...

“Será que a minha filha ainda está viva? Se estiver... Onde estaria agora?”

Ao se lembrar do passado, os olhos de Agnes transbordaram em ódio. Ela disse rispidamente:

— Marco, aquela criança era minha! Não tem nada a ver com você!

Marco se contorceu de culpa:

— Eu errei com você. Sei disso... — Ele hesitou, mas finalmente criou coragem para dizer. — Mas o passado ficou para trás. Hoje, seguimos caminhos diferentes e estamos bem. A minha filhinha, Camila, gostaria de...

“O passado ficou para trás? Estamos bem? Sua filhinha?”

Agnes balançou a cabeça, incrédula. Ela havia subestimado Marco.

“Depois de tudo, ele ainda tem a audácia de vir me pedir um favor para a filha dele, enquanto a nossa filha ainda está desaparecida?”

A revolta crescia dentro dela, prestes a transbordar. Justamente quando estava prestes a perder o controle, a porta de vidro do terraço se abriu.

Helena entrou.