Na tarde seguinte, Dalila trouxe uma leva de presentes de casamento. Yasmin, sem nada urgente a fazer, se sentou na sala de estar e começou a abrir um por um, registrando tudo para poder retribuir depois.
Ao abrir uma caixa de veludo negro, encontrou dentro um conjunto de jade imperial verde, de valor inestimável. O presente não vinha assinado, mas Yasmin adivinhou imediatamente que era de Eduardo. Ficou por um instante atônita.
Elder entrou na sala e, ao ver o olhar perdido da esposa e o que ela segurava nas mãos, compreendeu tudo de imediato. Ele falou naturalmente:
— Fique com ele. No futuro, pode ser o enxoval de casamento da nossa filha. Aquele homem não pode só gerar a criança e não dar dinheiro para ela viver, não é mesmo?
Yasmin levantou o rosto para encará-lo. Sabia que Elder não se importava com isso, ele dizia isso apenas para aliviar o clima, para que ela não se sentisse constrangida. Afinal, Jéssica teria de manter algum contato com o pai biológico no futuro.
Ela apenas assentiu e guardou o presente.
Elder se sentou ao lado dela, abriu os braços e a puxou para o colo. Brincando com o anel de casamento em seu dedo, ele sugeriu:
— O Carnaval já está chegando, não podemos ficar sempre jogados em casa. Vou levar vocês para passear, ajudar as crianças a se entrosarem melhor. Podemos levar a sua mãe também. Depois do passeio, jantamos fora, o chef do Roselina Garden é excelente. Vou pedir para a secretária reservar uma sala privada.
Yasmin assentiu:
— Está certo. Vou trocar de roupa, e você chama as crianças.
Elder lhe deu um leve tapinha na cintura:
— Combinado. Então a gente te espera lá embaixo, Sra. Freitas.
O convívio deles, de fato, ia muito bem.
Depois que ele saiu, Yasmin trocou de roupa e fez uma maquiagem leve diante do espelho. Enquanto se preparava, pensava em silêncio, com um leve toque de tristeza: "Se ao menos Elder pudesse viver com boa saúde, seria tão bom..."
Ao entardecer, ele levou a todos ao Roselina Garden, restaurante que há dez anos consecutivos mantinha estrelas Michelin, o mais prestigiado da capital. Era um lugar onde, normalmente, nem o saguão tinha vagas.
Sob o teto azul-escuro, com riachos artificiais e pequenas pontes, o ambiente era encantador. Elder, com Paloma nos braços, caminhava ao lado de Amélia, apresentando os pratos do menu. No fim, ele disse com um sorriso:
— Hoje, o chef principal vai nos atender pessoalmente. Quando terminarmos, apresento ele à senhora.
Amélia respondeu com carinho:
— Você é mesmo atencioso.
Elder ia responder com algumas palavras de modéstia, quando uma discussão ecoou no saguão. As vozes pareciam familiares. Ao se virarem para olhar, viram Hugo e Ingrid.
Naquele dia, as famílias Carvalho e Araújo se reuniriam para discutir os detalhes do casamento dos dois. A família Carvalho, tradicional e erudita, prezava pela etiqueta e havia reservado uma mesa no saguão de Roselina Garden, mas Ingrid se sentiu ofendida. Ao saber que havia salas privadas, achou que a família Carvalho não estava lhe dando o tratamento devido.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Já está uma semana no capítulo 530. Não vão finalizar o livro?...
A história é maravilhosa, mas e as atualizações? GoodNovel lembre-se do seu compromisso com os leitores....
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...