No fim do mês, com os ferimentos já melhores, Eduardo voltou ao trabalho.
Ele começou a insistir para que ele e Yasmin tivessem um encontro a sós, só os dois. Yasmin já tinha a resposta dentro do coração: ela queria ficar com ele. Entre adultos, não era preciso tanta cerimônia, um fim de semana sem horas extras era o momento perfeito.
Na sexta-feira, Yasmin recebeu uma ligação de Eduardo, um convite entre amantes.
Enquanto falava ao telefone, segurava um cartão-chave que havia sido o presente dele na visita anterior. A voz calorosa do homem atravessava o aparelho, e a mulher respondeu baixinho que iria. Depois disso, um longo silêncio se instalou entre os dois. Um silêncio intenso, contido, prestes a explodir.
O homem segurou a alegria imensa e disse em voz baixa:
— Então eu vou antes para preparar tudo. Quando estiver pronto, vou te buscar.
— Não, não. — Respondeu ela suavemente. — Eu vou sozinha.
...
Aquela noite seria, enfim, o encontro oficial dos dois.
Yasmin se arrumou com algum cuidado. Trocou o tailleur de trabalho por uma camisa de seda e uma saia envelope de flores. O corpo de uma mulher que já teve dois filhos era maduro e elegante, naturalmente sedutor. No rosto, passou uma maquiagem leve, e nas orelhas, havia apenas um par de brincos de pérola.
Ao entardecer, o carro parou em frente ao prédio. Ela desceu, colocou os saltos e subiu com um buquê de rosas-vermelhas nas mãos. Não usou a chave, escolheu tocar a campainha.
Em pouco tempo, Eduardo abriu a porta.
Ele se vestia todo de preto, com camisa e calça casuais. Alto, longilíneo, aos quarenta ainda chamava atenção com facilidade. Ele a olhou de cima, os olhos escuros profundos enquanto falava:
— Rosas? São os homens que dão flores às mulheres, não o contrário.
Ao entrar, Yasmin viu que estava cercada por rosas-negras por toda parte. No sofá, no chão, na mesa de jantar, e ainda mais no quarto... Até dentro da banheira, onde teriam uso depois do jantar.
Ela caminhou entre as flores, passando os dedos sobre as pétalas. Exagerado e extravagante, típico dele.
A mulher ergueu os olhos, dizendo:
— Pensei que você compraria rosas-vermelhas.
Ele deu um passo, segurou sua cintura e disse, com voz baixa e rouca:
— Essas rosas-negras sou eu. Espalhei elas aqui por toda parte, assim como eu, esperando que a Presidente Yasmin venha e nos trate do jeito que você quiser.
Ela se ergueu um pouco na ponta dos pés e, puxando a gola dele, sussurrou:
— As formas do Sr. Eduardo de se expressar estão cada vez mais criativas.
Ele se escorou na mesa, completamente entregue a ela, e falou:
— Oportunidades assim não aparecem sempre, Presidente Yasmin, aproveite bem.
Ela riu:


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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Acho extremamente injusto só liberar duas páginas minúsculas por dia. As primeiras são maiores agora da 370 em diante são muito pequenas. Não é justo. A gente paga pra liberar as páginas para leitura e só recebe isso. Como o valor que eu já paguei pra liberar poderia comprar 2 livros na livraria...
O livro acabou ou não? Parei na página 363...
Acabou??...
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...