Helena se curvou quinhentas vezes.
Ela queimou as escrituras sagradas e, ao tentar se levantar, quase caiu.
Bruno correu para segurá-la. Ele achava que Helena o afastaria com desprezo, mas, para sua surpresa, ela não o fez. Em vez disso, disse calmamente:
— Vamos voltar.
O coração de Bruno ficou apertado. Era como se algo precioso, que ele pensava ter perdido para sempre, estivesse de volta. Helena estava disposta a falar com ele novamente.
Do lado de fora do salão principal, um Maybach com placa exclusiva estava estacionado. A carroceria brilhava sob a luz fraca.
Helena caminhou até o carro, passou a mão sobre a lataria e murmurou:
— Então foi esse carro que você trouxe...
Bruno assentiu.
Ele a ajudou a entrar e, ao colocar o cinto de segurança, disse com ternura:
— Passei em casa para trocar de carro. Vou te levar para o hospital, vamos esperar juntos a sua avó acordar.
Helena olhou fixamente para ele, perguntando:
— Você realmente acha que ela vai acordar?
Bruno engoliu em seco antes de responder:
— Ela vai acordar, a minha Helena se ajoelhou quinhentas vezes diante dos deuses para isso.
Ele tentou limpar o sangue da testa dela, mas Helena virou o rosto e, em um tom indiferente, disse:
— Quero ir até o Rio Ima. Bruno, me leva até lá, pode ser?
Bruno a observou com atenção.
Ela estava estranhamente calma, mas ele não conseguia recusá-la.
Depois de um momento de hesitação, Bruno pisou no acelerador e seguiu para o Rio Ima.
Era uma noite de ventania.
O Rio Ima era o lugar onde Bruno havia pedido Helena em casamento. O pôr do sol de lá era famoso. Naquele mesmo lugar, Bruno um dia lhe disse que, em seu coração, Helena era a mais importante.
Meia hora depois, a estrada se alargou. À beira do rio, a escuridão parecia não ter fim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco
Agora me diz porque fazer propaganda de um livro e não postar sequer uma atualização…...