Depois que Fui Embora, o Canalha Ficou Louco romance Capítulo 72

Bruno se encostou na porta de correr e, baixando a voz, perguntou a Helena:

— O que significa isso?

Helena colocou as frutas de lado e perguntou de volta:

— O que significa o quê?

Bruno se aproximou dela, se apoiando no balcão escuro da cozinha, com os olhos penetrantes e um olhar imponente, observando Helena de cima para baixo ao questionar:

— Estou falando do Manuel! Helena, você está querendo encontrar um novo cavalo enquanto está montado em uma mula?

Helena baixou a cabeça e continuou mexendo nas frutas, perguntando:

— Você é uma mula?

Bruno ficou furioso.

Ele estendeu a mão e segurou o queixo de Helena, tentando beijá-la, mas ela mordeu o canto de sua boca até sangrar. A sua resistência fez com que a cozinha de inox fizesse barulhos de metal batendo.

Depois de um tempo, Helena conseguiu se desvencilhar e saiu da cozinha, dizendo:

— Bruno, eu não sou tão nojenta quanto você.

Bruno a seguiu.

Manuel e Alice já haviam ido embora, e a sala estava vazia...

Helena ficou olhando por um momento, com um olhar melancólico, o que fez Bruno ficar ainda mais irritado.

— Não consegue se afastar dele? Quando foi que vocês ficaram tão próximos?

Dona Josi já estava cansada da atitude dele há muito tempo.

Enquanto levava os pastéis para a panela, ela murmurava:

— O Sr. Manuel é realmente bom. Olhando para a família Rocha, parece que não é do tipo de ter casos lá fora. Quem se casar com ele vai ser muito sortuda. Na minha opinião, o Sr. Manuel jamais abandonaria a avó doente de sua esposa para ficar com uma amante.

Bruno percebeu a indireta, mas, sendo um homem de classe alta, não poderia discutir com uma empregada. Ele olhou para Helena.

Helena, com uma expressão fria, se virou e foi para seu quarto.

Ela ainda estava o rejeitando.

No entanto, naquele momento, ele sentia um certo remorso em relação à ela.

Bruno, com um olhar profundo, murmurou:

— Ainda bem! Eu preciso agradecer a senhora por estar bem.

Uma mão leve segurou a sua.

— Bruno.

Bruno, vendo que a velhinha não havia acordado, provavelmente ainda estava sonhando, inclinou a cabeça para perto dela e falou suavemente:

— Estou aqui, vovó.

A senhorinha parecia estar ainda no sonho, e disse:

— Bruno, se você realmente não gosta da Helena, deixe ela ir. Ela ainda é jovem, tem tempo de recomeçar. Essa criança sofreu demais, não quero que ela fique sozinha. A família Lima é muito rica, mas além do Diogo, ninguém vai apoiar ela. A minha Helena não tem ninguém para se apoiar.

A garganta de Bruno ficou apertada.