Desculpa！Não Sou Teu Canário romance Capítulo 128

"Passa o projeto pra cá," Rufino estendeu a mão.

Yeda Madeira hesitou um pouco.

"O Steven é o diretor, mas não é um artista puro. Sem capital envolvido, você acha que ele vai apoiar o projeto de vocês? O sucesso de um projeto depende tanto da qualidade quanto da sorte. Além do mais, ele está aposentado há muito tempo. Desta vez, ele só voltou porque a esposa queria visitar o Brasil, não vão ter essa sorte da próxima vez. Comigo envolvido, vai perder essa chance?"

Rufino levantou uma sobrancelha: "Eu não estou sempre tão disponível assim."

Yeda Madeira mordeu o lábio, agachou-se ao lado dele e compartilhou a ideia original do roteiro e as dificuldades da produção.

O olhar de Rufino, que inicialmente estava fixo na tela do celular, desviou-se lentamente para o perfil de Yeda Madeira.

A pele dela estava impecável, com um brilho suave, e era possível ver os finos pelos do seu rosto, cobertos por uma camada de base fina e blush. Enquanto Rufino apoiava o queixo com a mão, observava a boca dela se movendo.

Depois de falar por um bom tempo, Yeda Madeira olhou para trás e percebeu que Rufino estava mais próximo do que o normal, franzindo a testa, ela disse: "Você entendeu o que estou tentando dizendo?"

"Entendi. O Teodoro tem passado por tempos turbulentos. Cuidado."

Yeda Madeira baixou os olhos, "Ele nunca teve momentos tranquilos, e não cabe a mim me preocupar com isso."

"De qualquer forma, estou apenas te avisando. Cidade Oceano não é tão pacífica quanto parece. Se puder, fique longe de problemas. N em sempre vai ter alguém para te salvar."

Yeda Madeira assentiu, percebendo que parecia haver mais segurança ao redor da Vila Palma Real do que de costume, embora tivesse conseguido sair de casa sem problemas naquele dia.

"Está certo, vamos, vou te levar para conhecer o Steven."

Yeda Madeira se levantou apressadamente, sorrindo: "Sr. Zanetti, você está especialmente charmoso hoje."

Rufino quase revirou os olhos, "Não preciso que você me diga isso."

No exato momento em que Yeda Madeira abriu a porta para levar Rufino para fora, ela abruptamente o empurrou de volta para o quarto, batendo a cadeira de rodas na parede sem querer.

"Ai, Yeda Madeira, você quer me matar de susto, é?"

Assim que Rufino terminou de falar, ele viu que ela, como se estivesse fazendo algo errado, abriu uma fresta na porta e espiou para o canto.

"O que foi? Viu um fantasma?"