Desculpa！Não Sou Teu Canário romance Capítulo 14

Os clientes que chegavam eram ou ricos ou importantes, com um nível geral de qualidade acima da média, definitivamente não era um lugar onde qualquer um poderia gritar seus preços como em uma feira livre.

Clarice sentiu-se um pouco envergonhada, mas Irene Ferreira achou que tinha intimidado a todos, "Não ouviram o que eu disse? Essa modelo não é profissional."

Yeda Madeira girou sobre si mesma.

"Essa roupa está horrível. Vai trocar. Troca até acharmos uma que nos agrade."

"Que peça mais sem graça, não tem charme nenhum, é muito vulgar!"

Ao ouvir isso, o rosto do gerente escureceu. Se não fosse por Teodoro estar lá, ele já teria perdido a paciência.

Yeda Madeira se retirou e voltou com outro vestido.

O tecido branco e leve delineava as curvas de seu corpo, enquanto rosas vermelhas bordadas se espalhavam pela barra do vestido. Seu cabelo estava preso, revelando um pescoço esguio que a fazia parecer nobre e encantadora.

Clarice involuntariamente mordeu o lábio.

Irene Ferreira revirou os olhos, "Dá uma volta para vermos se o vestido não mostra demais quando você se move."

Yeda Madeira girou com passos de dança, demonstrando sua sólida base em dança. As pétalas costuradas na barra do vestido pareciam escamas que se moviam com a luz, fazendo-a parecer uma sereia surgida das rosas, cada movimento seu estava cheio de tentação.

"Raposa sedutora, vestindo assim para atrair quem, eu me pergunto! Olha esse decote, essa perna, claramente forçando a barra!"

"Presidente Uchoa, acho que não tem nenhum vestido aqui que esteja à altura da Clarice. Vamos embora, não vamos comprar nada."

"É mesmo? Então mande ela trocar de roupa." Clarice se aproximou de Teodoro propositalmente, "O que você acha?"

Todos os olhares se voltaram para Teodoro. Yeda Madeira já tinha trocado de roupa mais de uma dúzia de vezes, sem agradar a ninguém.

O homem sorriu levemente, "Realmente, não combina com você."

Clarice, vendo isso, olhou triunfante para Yeda Madeira, suavizando seu tom, "Vamos, Yeda. Trabalhar aqui não deve ser fácil. Você deve estar precisando de dinheiro. Teodoro, qualquer uma que você gostar está bom."

"Quer trocar mais uma vez?" Teodoro perguntou.

Ele estava perguntando a Yeda Madeira.

O gerente, já sem paciência para atender o grupo, rapidamente agradeceu, "Obrigado, Presidente Uchoa!"

Bárbara cuidou do pagamento com o cartão.

"Sra. Jardim, por favor, venha conosco para tirarmos as suas medidas."

Irene Ferreira seguiu animada, "Clarice, você também vai me dar um conjunto, né? Nunca usei uma peça que custasse um valor de cinco dígitos."

Clarice corou e disse, "Vou perguntar ao Sr. Uchoa."

"Do que você tem medo, o Sr. Uchoa gosta tanto de você, com certeza vai comprar para você. Quanto àquela..." Irene Ferreira olhou de cima a baixo para Yeda Madeira, que estava no palco, "mulher que não tem presença, só pode mesmo é experimentar, você não está no mesmo nível que ela!"

Para Yeda Madeira, pouco importava o que aquela mulher dizia sobre ela, Teodoro havia comprado as roupas, e a venda seria creditada a ela, o que significava que sua comissão da noite não seria pequena.

Ela decidiu trocar de roupa e foi primeiro ao banheiro.

Quando Clarice se aproximou e a viu lavando as mãos, zombou dela: "Ouvi dizer que você está precisando de dinheiro. Considere o que acabei de fazer como uma caridade para você, afinal, você também teve seu momento com Teodoro."