Quando o grande chefe chegou ao set de filmagem, não foi de maneira discreta. Era evidente que ele não queria chamar atenção.
Mas, mesmo assim, ele fazia questão de se exibir na frente dos funcionários, um verdadeiro comportamento de macho alfa marcando seu território.
Teodoro permaneceu em silêncio, enquanto Olga sorriu e continuou: “Bem, eu só queria ter a oportunidade de conhecer melhor o Presidente Uchoa. Se o presidente Uchoa estiver disposto a me dar uma chance, posso fazer um trabalho melhor do que o da Diretora Madeira.”
Enquanto falava, sua mão já havia encontrado as costas da mão de Teodoro.
No segundo seguinte, algo frio foi pressionado contra sua testa.
Olga levantou a cabeça e viu, não sabia como, um segurança vestindo um terno preto que apontava uma arma para sua cabeça.
Olga se assustou e instintivamente recuou a mão.
Teodoro não se deu ao trabalho de discutir com a mulher, pegou um lenço umedecido com desinfetante que um subordinado lhe ofereceu, limpou o dorso da mão e depois jogou na cara de Olga.
"Tratem disso."
Marcelo a encarava como se estivesse olhando para um defunto.
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Quando Teodoro saiu, Yeda Madeira estava usando um capacete de segurança e segurando uma fita métrica.
Ela parecia uma verdadeira chefe de obras.
O homem parou ao lado dela, mas Yeda Madeira, sem perceber quem ele era, o confundiu com seu assistente.
“Entre em contato com o Sr. Torres, aquele lote de mesas e cadeiras que ficou pronto ontem parece não ter as medidas corretas.”
“E sobre o departamento de adereços, insista que queremos um tom de bronze antigo, o mais próximo possível de antiguidades.”
Yeda Madeira falou muito, mas ao perceber que não obteve resposta, virou-se e viu Teodoro.
O homem soltou lentamente uma baforada de fumaça, e Yeda Madeira instintivamente disse: “Não se pode fumar aqui”.
Teodoro arqueou uma sobrancelha: "Agora você manda em mim?"
Yeda Madeira olhou ao redor antes de se aproximar mais dele: "São materiais inflamáveis, Presidente Uchoa, tudo bem?"
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