Desculpa！Não Sou Teu Canário romance Capítulo 221

Avelino não sabia bem o que dizer.

Yeda Madeira, essa menina, tinha talento e beleza, só que a sorte não estava ao seu lado.

Ela era uma jovem que se esforçava e aguentava o tranco, ele realmente queria levá-la consigo.

Mas ser uma diretora nesse meio não era nada fácil.

Principalmente misturada com Teodoro e Rufino.

"Mestre, você tem algo para dizer, pode falar."

"O pessoal da produção tem falado algumas coisas não muito agradáveis, o Diretor Carneiro até me questionou sobre isso, você precisa se manter distante das fofocas por um tempo."

Yeda Madeira assentiu, "Entendi."

Ela, ainda uma estudante que não havia se formado oficialmente, conseguir um lugar nesse grande projeto, mesmo que como uma assistente, já era algo que muitos, com mais experiência, não conseguiam e, por isso, sentiam inveja.

Com Teodoro e Rufino aparecendo ao seu redor, era impossível evitar os comentários maldosos no set.

Yeda Madeira seguiu Avelino até o próximo set de filmagem no local marcado.

E então, eles encontraram Steven.

Yeda Madeira ficou impassível diante dele, enquanto Avelino cumprimentava Steven calorosamente, chegando até a apresentar Yeda Madeira.

Ela tinha que admitir a cara de pau dele, depois do que aconteceu com Melody ontem, e ainda ter a audácia de cumprimentá-la.

"Yeda, eu lembro de você." disse Steven. "Foi o convite de Yeda que me trouxe para se juntar ao projeto, e eu vou me esforçar para colaborar com o trabalho."

"Ficamos surpresos em ter você conosco." Avelino não percebeu nada, de fato, foi o convite de Yeda Madeira que convenceu Steven a aceitar.

"Olha só, ela realmente tem um talento especial, até Steven, com a sua idade, não resistiu."

"Vamos lá, Steven tem seu charme entre os homens mais velhos, quem disse que ela não pode ter preferências? Quanto mais experiência, mais conexões."

Quando Yeda Madeira entrou para pegar uma água, essas duas pessoas passaram por ela com desdém.

Yeda Madeira nem conseguia lembrar os nomes delas.

Ela apertou a garrafa de água mineral em sua mão e, depois, respirou fundo, tentando controlar sua irritação.

Yeda Madeira não olhou direito, pensando que era Rufino.

"Por que você ainda não foi embora?"

Enquanto procurava as chaves do carro, ela apressou: "Não dá mais, sua planta da fortuna está morrendo, eu te compenso com outra, mas agora preciso correr para casa."

"Voltar para casa para fazer o quê?" A voz do homem era um tanto etérea.

Yeda Madeira respondeu irritada: "O que mais seria, o cachorro em casa está esperando pela sua ração."

Ela só percebeu que algo estava errado depois de falar, e virou-se lentamente para olhar.

O homem era alto, vestindo um moletom preto com capuz, sob o nariz proeminente seus lábios finos esboçavam um sorriso irônico.

Yeda Madeira se sentiu como um sapo sendo encarado por uma cobra, pronta para fugir, mas foi puxada de volta pela gola pela mão do homem.

Ela foi diretamente envolvida em seus braços.

O homem inclinou-se levemente, segurando firmemente os ombros dela.