Desculpa！Não Sou Teu Canário romance Capítulo 241

Quando Yeda Madeira abriu os olhos, sentiu como se tivesse sido atropelada por um caminhão.

Cada movimento seu era acompanhado de uma dor rígida por todo o corpo.

"Você acordou?"

A voz de um homem soou ao seu lado.

"Teodoro... estou com sede..."

Com gentileza, um par de mãos apoiou suas costas e trouxe um copo d'água até seus lábios.

Yeda Madeira bebeu em pequenos goles, e o homem só afastou a água quando ela indicou que estava satisfeita.

"Vou chamar o médico para examiná-la, não se mexa sem necessidade."

Yeda Madeira ficou atônita ao reconhecer Rufino ao seu lado, pensou que ainda estava sonhando, por isso a voz lhe parecia estranha.

"Sou eu." Rufino, percebendo o desapontamento em seu olhar, apertou o botão de chamada e cuidadosamente a deitou de volta.

"Você ficou inconsciente por três ou quatro dias. Quebrou duas costelas e não pode se mover por enquanto, e tem várias outras lesões."

"E o Teodoro?" Yeda Madeira perguntou, já deitada.

Rufino arqueou uma sobrancelha, "Fica assim desapontada ao me ver? Só pensa nele."

"Para de brincar, onde ele está?"

Ela estava com as costelas quebradas, ele poderia estar em uma situação ainda pior.

"Ele tem queimaduras nas costas e uma fratura na perna, além de reabertura de ferimentos antigos. Sua situação é desconhecida desde que saiu da sala de cirurgia. Amando bloqueou as informações, e o hospital está sob forte vigilância. Mas ele é forte, você sabe, desastres assim não o derrubam fácil."

Yeda Madeira ficou ansiosa, "Então me leve para vê-lo, por favor."

Continuava enviando fotos e vídeos da avó como sempre fazia.

"Você costuma visitar sua avó a cada dois ou três dias, não é? Hoje a enfermeira disse que você não vem há vários dias. O set está muito ocupado? Amando também está agindo de forma suspeita ultimamente. Eu disse que queria o divórcio, mas ele recusou e ainda ameaçou meus pais. Fique de olho, eu vou conseguir o divórcio de qualquer jeito."

O dia a dia de Yeda Madeira se resumia a tomar vários medicamentos anti-inflamatórios e ficar deitada, sonolenta.

Sempre que a porta do quarto se abria, ela esperava inconscientemente que aquele homem dominador aparecesse de repente.

Às vezes, ela mal podia acreditar que Teodoro, uma pessoa tão forte, não pudesse se levantar.

"Sra. Madeira, que tal pegarmos um pouco de sol?"

De fato, Yeda Madeira não se movimentava há algum tempo.

Fora as visitas de Rufino e Diego, que eram rapidamente interrompidas pelas enfermeiras, ela passava a maior parte do tempo olhando para o celular e adormecendo.