Desculpa！Não Sou Teu Canário romance Capítulo 255

Desde aquele dia, Yeda evitava inconscientemente a biblioteca.

Passava mais tempo no canteiro de obras e, ao chegar em casa, começava a escrever sua tese de graduação e a preparar o conteúdo para a exposição.

Avelino Bueno, de vez em quando, perguntava por ela no grupo de teatro.

Depois de perguntar, não resistia à preocupação: "Você não sai com ninguém faz tempo, né?"

Yeda ficou surpresa. "Por que essa pergunta de repente?"

"Olhe para você, passando o tempo todo aqui conosco. Tudo está indo bem no grupo, eu já conversei com o Diretor Carneiro. Quando você tiver um tempo, precisa se concentrar na sua obra de graduação. Os líderes da escola estão de olho no seu trabalho, então dê o seu melhor."

Yeda assentiu com a cabeça.

"Em alguns dias, os grandes chefes virão, justo no centenário da escola, que é cheio de ex-alunos de destaque. Estou contando com você para me fazer brilhar."

Com essas palavras de Avelino, Yeda ficou ainda mais nervosa. "Mas não é só um ensaio?"

"Ensaio ou não, nossa escola já formou muitos talentos, não é brincadeira."

No dia do ensaio, enquanto Yeda estava ocupada em seu estande, ouviu uma comoção geral.

Ela levantou a cabeça e o orientador veio rapidamente chamá-la: "A diretora e os líderes chegaram, Yeda, e também Genoveva Furtado, venham logo."

Yeda deixou o que estava fazendo e seguiu o orientador até a entrada da exposição, quando, de repente, cruzou olhares com um homem.

Depois de quase dois meses, sua expressão parecia ainda mais fria, irradiando uma presença poderosa da cabeça aos pés, que intimidava quem olhasse diretamente para ele.

Ele sempre teve o magnetismo que atraía olhares. Mesmo que não olhasse para ninguém, ainda assim atraía atenção.

"Que lindo!"

"É a primeira vez que vejo o Teodoro em pessoa. Será que não se pode tirar fotos?"

"Você tá louco? Guarda o celular logo."

Mais e mais pessoas se aglomeravam, e ela acabou sendo empurrada para o final da fila. Quando o grupo do homem passou por ela, Yeda disse ao orientador que precisava de um pouco de ar fresco.

"Yeda?"

Yeda levantou o olhar, Xavier, vestindo um casaco bege, estava embaixo de uma árvore olhando para ela. Quando ela o viu, ele deu um sorriso gentil.

"Eu estava prestes a entrar para te procurar. Achei que você estaria tão ocupada que esqueceria de comer, então trouxe uma marmita para você. Deixei na água quente, não se esqueça de comer mais tarde."

Yeda olhou para ele. "Sua empresa não está muito ocupada ultimamente? Eu posso comer no refeitório."

Xavier olhou para ela com resignação. "Se você fosse ao refeitório comer na hora certa, eu não precisaria me preocupar."

Mas ela sempre era teimosa.

Comia uma refeição e esquecia a próxima.

Se não fosse por ele, que ocasionalmente trazia comida, ela nem se lembraria de comer.

"Tá bom, vou comer mais tarde."