Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 200

Natália apressou-se para ver como ele estava.

Por causa da anestesia, ele ainda não havia acordado, e suas costas estavam envoltas em grossas camadas de gaze, com sangue saindo através da gaze, o que era extraordinariamente chocante.

O coração de Natália se apertou mais uma vez.

Felizmente, A cirurgia foi um sucesso e a bala já havia sido extraída.

O médico disse que ele acordaria em meia hora.

Natália acompanhou a maca para dentro do quarto do hospital e ficou obstinadamente ao lado da cama de Fabiano, recusando-se a se afastar um passo sequer.

Vitor entrou várias vezes, trazendo algo para ela comer e beber.

Natália não tocou em nada.

Ela estava sentada cuidadosamente na cadeira ao lado da cama, olhando ansiosamente para o rosto de Fabiano.

Neste momento, sua face estava pálida como papel, sem um traço de cor, com os cílios densos ligeiramente abaixados, os lábios finos levemente cerrados e um toque de fraqueza cansada entre as sobrancelhas e os olhos.

Ele, assim, era muito diferente da imagem habitual de alguém confiante e superior, que brincava com ela em suas mãos.

Natália inspirou profundamente pelo nariz, e as lágrimas caíram novamente.

Manchando um grande pedaço do lençol.

"Não chore, eu ainda não morri."

Ouviu-se uma voz fraca e rouca, era Fabiano acordando.

Os olhos de Natália se iluminaram, e ela se aproximou dele, apressada e animada, com a voz ainda em tom de choro.

"Você... Como está se sentindo? Está com dor em algum lugar? vou chamar o médico!"

Ela se levantou para sair correndo, mas Fabiano a chamou.

"Sente-se, eu estou bem."

Natália viu que ele estava lúcido e sua voz tinha o tom de comando que lhe era familiar, então ela relaxou e sentou-se na cadeira.

Os olhos de Fabiano pousaram em seu rosto, em seu corpo, olhando-a de cima a baixo por muito, muito tempo, tanto tempo que parecia um milhão de anos.

Por tanto tempo, foi como se o tempo tivesse parado.

Havia algo ligeiramente triunfante em sua voz até que ele finalmente falou.

"Natália, você deve-me uma vida."

O nariz de Natália ficou ácido e seu coração começou a bater acelerado.

Triste e amargo.

Comparado a dever dinheiro, desta vez ela sentia como se tivesse endividado uma pessoa.

Mas desta vez, ela não sentia qualquer opressão ou carga, apenas dor, uma dor profunda e entrelaçada.

Ela levantou a mão e segurou delicadamente a de Fabiano, com uma voz baixa e rouca.

"Eu sei, a dívida de vida com o Dr. Alves é algo que nunca esquecerei."

Suas mãos eram macias e frias, mas fortes.

Havia um tipo de tenacidade que se recusava a deixar para lá.

Sua voz era tão alta que fazia o corredor inteiro ressoar.

Natália realmente não queria vê-la, só de olhar para ela não conseguia controlar a raiva dentro de si.

Ela virou-se para Vitor e perguntou: "Sr. Vitor, poderia levá-la primeiro à embaixada?"

Vitor olhou para o relógio e assentiu com a cabeça: "Posso, entrarei em contato com a embaixada para buscá-la. Após confirmarmos sua identidade, poderemos enviá-la de volta ao seu país."

Linda ficou extremamente emocionada.

Rapidamente, segurou a manga da camisa de Vitor: "Então, ligue agora, entre em contato com eles para virem me buscar!"

Vitor tirou o celular do bolso, começou a discar o número e disse para Linda: "Venha comigo."

Linda seguiu Vitor, saltitante de alegria.

"Espere."

Natália chamou Linda de repente.

Linda parou e virou-se para olhar para Natália.

"O que mais você quer?"

Natália caminhou até Linda e, de repente, levantou a mão e deu-lhe um tapa vigoroso no rosto.

"Plaft —"

O som ecoou, retumbante e incrivelmente alto.