Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 229

Ao retornar ao quarto do hospital, o rubor no rosto de Natália ainda não havia desaparecido completamente.

Para passar o tempo, ela se debruçou sobre a mesa em frente à janela e abriu o livro de design arquitetônico que estava pela metade.

Fabiano tirou algumas cédulas da gaveta e as colocou diante dela.

"Desenhista Ferreira, você tem um trabalho a fazer."

"O que é?"

Fabiano se aproximou dela. "Lembra-se do layout dos túneis secretos do Parque Leandro? Desenhe."

Natália hesitou por um segundo.

Instantaneamente, a disposição completa do parque e todas as rotas surgiram em sua mente.

Durante o tempo em que foi mantida prisioneira, ela havia estudado aquelas disposições incansavelmente, memorizando até o menor dos detalhes e os caminhos mais esquecidos.

Agora, tudo isso seria realmente útil.

Sem hesitação, ela começou a trabalhar.

Com bases sólidas, Natália desenhava rapidamente, cada movimento exalando profissionalismo e dedicação.

A luz morna da tarde inundava o quarto, fazendo-a parecer iluminada.

Em pouco tempo, ela entregou a Fabiano várias folhas com desenhos à mão.

Mapas sinuosos e plantas baixas detalhadas, com linhas claras e fáceis de reconhecer.

Incluíam escritórios, dormitórios, refeitório, sala de jogos, supermercado e até o karaokê do parque, bem como os dois caminhos que levavam à montanha nos fundos.

Fabiano não pôde evitar um segundo olhar para ela.

Um parque tão grande, com inúmeros túneis subterrâneos, e ela havia conseguido memorizar tudo com precisão.

"Está bom assim? Dá para entender?" perguntou Natália.

Fabiano guardou os mapas e a olhou profundamente.

"Com o tempo, você vai ser incrível."

Natália percebeu o elogio e sorriu timidamente, seu tom um pouco melancólico.

"Haverá um futuro?"

Ela havia enfrentado muitos desafios no campo do design arquitetônico.

Por pouco não perdeu a vida no norte de Myanmar.

Não ter sequelas psicológicas seria impossível.

Ela até considerou mudar de profissão.

"Haverá futuro, sim", Fabiano a encorajou com convicção.

"Você só tropeçou uma vez e já está duvidando de si mesma? Onde está a sua determinação e orgulho de antes?"

Era a primeira vez que Natália ouvia Fabiano apoiá-la tanto.

Algo dentro dela tremulou.

Pelo menos, ele começava a apoiar sua carreira.

Mesmo que agora ela estivesse em uma situação difícil.

Natália respirou fundo, encorajando-se.

"Sim! Eu não vou desistir, ainda posso lutar!"

Fabiano beliscou o rosto dela com um tom de voz baixo: "Essa é a Natália que eu conheço."

Ele se virou e segurou os mapas, saindo.

Ah, o esforço para eliminá-lo é realmente incansável!

"Que droga de complicação, talvez devesse simplesmente acabar com aquele Lucas, cortar os pensamentos de Natália por ele, e todos esses problemas desapareceriam."

João estava inquieto ao lado.

Ele estava acostumado a desfrutar da vida, e agora, com todos esses problemas, ainda tinha Fabiano de olho nele.

Não ousava ir a lugar nenhum.

Temia ser capturado por Fabiano e levado de volta para o Brasil.

"Não, chegamos a este ponto, Natália tem que ser conquistada."

A voz de Leandro era fria, tão fria que não permitia réplicas.

João olhou para ele com desconfiança. "O que você realmente quer, Natália ou competir com Fabiano? Você está secretamente tentando superar Fabiano?"

Ele não acreditava que Leandro, um homem tão frio e impiedoso, poderia ter um grande interesse por uma moça inocente.

Se Natália não fosse a mulher de Fabiano, talvez ele nem tivesse reagido tanto.

Leandro desviou o olhar, com um tom firme. "De qualquer forma, Lucas ainda não pode morrer, eu preciso de Natália."

"..."

João ficou completamente irritado.

Cansado de lidar com ele, saiu com uma expressão furiosa.

"Fique quieto no parque industrial nos próximos dias, não ande por aí. As pessoas de Fabiano estão procurando você."

Leandro o lembrou de trás.

João respondeu: "Eu sei, que saco, vou matar algumas pessoas para aliviar a raiva."