Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 250

Fabiano ficou tenso de repente, baixou os olhos e fixou o olhar nela: "Você..."

"Adivinhei." Natália levantou a cabeça para olhá-lo, com os olhos brilhando.

Ela tentou sorrir, mas enquanto sorria, seus olhos estavam cheios de amargura.

"Você foi até o Norte de Mianmar para me resgatar e conseguiu mobilizar tanto apoio oficial com a ajuda da família Carvalho, não foi?"

"A família Carvalho ajudou você sob a condição de que você se casasse com Helena, certo?"

Natália olhou para ele com a voz rouca: "Viu? Não precisa esconder de mim, eu já tinha adivinhado tudo."

Fabiano apertou os lábios, sem dizer uma palavra.

Ela era tão perceptiva e inteligente, ele deveria ter sabido.

Pensou que teria um romance com ela e depois ofereceria uma generosa quantia como indenização por ter se envolvido, como uma compensação.

Mas no final, foi Natália quem acompanhou ele numa encenação.

"Então você já sabia?" Fabiano perguntou a ela.

"Sabia que você acabaria terminando, só não esperava que fosse tão rápido." Natália baixou os olhos, "Mas talvez seja melhor assim. Alguém como eu sempre acaba trazendo problemas para as pessoas ao redor. Estou satisfeita por ter te conhecido."

Ela piscou, seus olhos estavam vermelhos.

Mas ainda tentava sorrir.

"Não desejo  a casa nem o cartão bancário, e esforçar-me-ei para saldar as dívidas médicas do meu pai para consigo. Aspiro que não me veja com piedade ou desprezo. Pela derradeira vez, é possível que me trate com equidade e respeito?"

Fabiano olhou para ela fixamente.

"Você realmente não quer nada?"

"Não quero."

" Então, você dormiu comigo de graça por um mês?"

"Dr. Alves levou um tiro por nada e ainda salvou a minha vida duas vezes, isso é mais que suficiente."

Fabiano respirou fundo, encontrou seu olhar teimoso e, finalmente, fechou os olhos.

"Certo, eu respeito sua decisão."

Ouvido isso, Natália finalmente respirou aliviada.

O jogo acabou, era hora de ela partir.

Ela manteve a postura ereta, não olhou mais para a mansão e virou-se para sair.

Ao chegar à porta, Natália parou, virou-se e fez uma reverência profunda para Fabiano.

"Dr. Alves, obrigada por tudo, pela sua generosidade e pelos dias que passei no norte de Mianmar, que nunca esquecerei."

"Desejo-lhe paz, felicidade e sucesso no futuro."

Fabiano a observou, sentindo uma dor aguda no peito.

Era noite e tudo estava escuro.

Natália foi embora assim.

"Não."

Fabiano abriu a porta do carro e jogou o envelope para dentro.

"Coisas que não conseguem ser dadas como presente, mesmo que fiquem abandonadas aqui, não devem ser passadas adiante. Caso contrário, me sentiria desconfortável."

A expressão de Helena endureceu ligeiramente.

Um vislumbre de constrangimento passou por seu rosto.

Ela rapidamente ajustou o seu humor, voltando a ter um leve sorriso no rosto.

"Assim sendo, aceitarei este cartão e nos próximos dias vou olhar os terrenos, para que possamos preparar nossa casa de casamento."

Os olhos de Fabiano escureceram, e ele apoiou a mão na porta do carro.

"Já anoiteceu, você veio de carro, então não será necessário levá-la de volta."

Era um sinal claro de que ele estava encerrando a visita.

Helena não se ofendeu, agitou o cartão bancário e piscou para ele.

"Amanhã tem jantar na família Alves, os mais velhos discutirão  a data do casamento, não se esqueça."

Fabiano respondeu secamente, "Está bem."

Após a partida de Helena, Fabiano dirigiu o carro, seguindo o caminho para deixar a mansão. Rapidamente, ele encontrou Natália.

Ele diminuiu a velocidade, mantendo uma distância cuidadosa atrás dela.