Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 283

“Por que sempre me pedindo ajuda?”

“Desta vez é um favor pequeno.” Natália tirou do bolso um maço de lenços, desdobrando camada por camada, revelando um abotoadura de prata, simples.

Ela o empurrou para as mãos de Valério. “Você pode devolver isso para ele?”

Valério olhou para o objeto com curiosidade.

“Como você acabou com a abotoadura dele? Vocês tiveram um caso?”

“Claro que não!” Natália explicou, corando. “Eu a encontrei por acaso. De qualquer forma, por favor, devolva para ele, eu não me sinto confortável indo lá.”

Ela agora era “a namorada” de Valério.

E precisava manter distância dele no futuro, quanto mais longe, melhor.

Nem sabia quando seria a próxima vez que teriam que interagir, talvez nunca mais.

Seria melhor devolver a abotoadura o quanto antes.

Valério ponderou sobre o objeto, sem entender o raciocínio de Natália. “Você está tão sem dinheiro assim, mas ainda tem integridade para não se apropriar de algo valioso. Você poderia vendê-lo e fazer algum dinheiro, como se fosse uma compensação pela separação.”

Natália balançou a cabeça vigorosamente.

“Eu não quero.”

“Tola, não quer dinheiro, então o que você quer? Dignidade?”

Natália ficou em silêncio.

Valério estava prestes a dizer mais alguma coisa, mas Natália tentou recuperar a abotoadura.

“Você vai ou não? Se não for, me devolva.”

“Tá, tá, tá, eu vou, está feliz agora?”

Valério recuou, murmurando, mas ainda assim, segurou a abotoadura e caminhou em direção a Fabiano.

Ele sabia que Natália estava evitando qualquer suspeita.

E também sabia que ela estava tentando cortar laços com Fabiano a qualquer custo.

Afinal, quem gostaria de estar constantemente sob o escrutínio das famílias Alves e Carvalho, vivendo com medo de cada ação, praticamente sem nenhum espaço para respirar.

Valério se aproximou diretamente, abrindo a mão em direção a Fabiano.

“Ah, quer me ameaçar de me mandar de volta para o Norte de Mianmar, né? Piada. Você quer ver a Natália, e eu não vou deixar!”

Valério apontou para um carro não muito distante, zombando.

“Sua noiva está naquele carro, você está apenas tentando forçar um contato com ela, isso não é apenas criar problemas? Você e sua família Alves já a intimidaram com olhares hoje ao meio-dia, e agora você quer despertar o ciúme de Helena. Quantas vidas ela tem para vocês brincarem assim? Você quer matá-la com essas jogadas?”

Fabiano manteve sua expressão serena, seus lábios formando uma linha fina.

“Isso é algo para eu me preocupar, não é da sua conta.”

“Piada, agora eu sou o namorado dela, sou eu quem mais tem direito de se preocupar!”

“Namorado.” Fabiano deu de ombros, cheio de desdém. “Você?’

Ele sorriu com desdém. “Ela se interessaria por você?”

“O que você quer dizer com isso?” Valério estava prestes a explodir.

Fabiano, percebendo claramente a encenação entre ele e Natália, não se conteve em expor.

“Vocês dois estão me enganando aqui com essa encenação de namoro? Eu posso não gostar, mas não sou cego. Vocês podem enganar as famílias Alves e Carvalho, mas acham que podem me enganar?”