Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 298

Natália estava ofegante, com os olhos arregalados.

"O que houve comigo?"

"Afaste-se dele, termine com ele."

Natália virou a cabeça. "Eu não."

"Natália!" Fabiano elevou a voz.

"Sr. Alves! Você está ultrapassando os limites."

Natália, cerrando os dentes, empurrou-o e rapidamente se distanciou. "Nós já terminamos, você tem uma noiva!"

"E daí?"

"Eu prometi ao seu pai que não te provocaria, não destruiria seu casamento, para poder ficar tranquilamente em Cidade Norte. Você quer me matar agora?"

Fabiano fechou os olhos. "Eu não vou deixar nada acontecer com você."

Natália mordeu o lábio, desviou o olhar e demorou um bom tempo antes de falar suavemente.

"Vou fingir que nada do que aconteceu hoje existiu, Sr. Alves. Por favor, não faça isso novamente. Eu não posso viver sempre sob suas asas, eu também preciso crescer."

Fabiano olhou para o perfil teimoso dela, sem conseguir falar.

Ele entendia o que ela queria, mas isso o deixava... muito irritado.

Muito irritado.

"Natália, onde você está?" A voz de Valério soou do lado de fora.

Natália voltou a si, deu uma última olhada em Fabiano, limpou a boca e saiu.

O corredor estava muito escuro.

Fabiano encostou-se na parede, fechou os olhos.

A luz controlada por voz se apagou, e ele foi engolido pela escuridão, envolto em uma imensa sensação de frustração e impotência.

Nove meses.

Apenas mais nove meses.

...

No caminho de volta, Natália ainda entrou no carro de Valério.

Por uma questão de prudência.

Ela e Fabiano não trocaram mais nenhuma palavra.

No carro.

Valério se desculpou com ela. "Desculpe, por causa desse jantar terrível, você acabou sendo incomodada."

Natália balançou a cabeça. "Não foi nada."

Afinal, Fabiano estava lá por causa dela.

Mesmo sem Valério, ele teria encontrado outra maneira de prendê-la em um canto deserto e beijá-la.

Para marcar sua presença de vez em quando.

Até o fim do prazo de um ano.

Ele temia que Natália o esquecesse.

Valério virou o volante e parou o carro na entrada da Comunidade Lunar.

"Chegamos."

Natália desceu do carro, despediu-se dele.

Virou-se e caminhou em direção ao condomínio.

"Natália."

Valério a chamou de repente, de trás.

Natália virou-se, encontrando os belos olhos amendoados do homem.

"Você precisa ser independente, contar consigo mesma, nunca ame demais um homem," ele enfatizou.

O coração de Natália amoleceu levemente, ela acenou seriamente com a cabeça.

"Sim! Eu sei."

...

Natália retornou ao seu apartamento alugado, havia um grande pacote na porta.

Ela pegou para ver, o destinatário era seu nome.

Parece que os materiais de desenho que ela havia encomendado alguns dias atrás haviam chegado, ela poderia desenhar esta noite.

Natália carregou a caixa para dentro, pegou uma tesoura e a abriu.

Dentro da caixa, para sua surpresa, havia uma mão ensanguentada!

E estava até mesmo se contraindo...