Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 302

As mãos de Natália tremeram, e suas pupilas contraíram rapidamente.

Ela segurava o celular firmemente, tentando se acalmar.

A situação ainda não estava resolvida.

Ela sabia disso.

Mas, com a equipe de combate a fraudes agindo rigorosamente, Leandro não ousaria se arriscar a entrar no país.

Era apenas uma tentativa de intimidá-la, de quebrar suas defesas psicológicas.

Ela não poderia se desesperar.

Natália respirou fundo, deletou a mensagem e desligou o celular.

Continuou a arrumar o quarto.

...

Dubai.

Dentro de um galpão luxuosamente decorado.

Leandro guardou o celular e retirou o cartão SIM, jogando-o fora.

Em seguida, colocou um novo cartão e ligou habilmente para Helena Carvalho.

"Srta. Carvalho, três meses sem contato, sinto sua falta."

A voz fria de Helena veio do outro lado “Vá direto ao ponto.”

"Eu preciso de mais dois carregamentos, dentro de dois meses."

Helena franziu a testa "Mas eu já te enviei um lote, não foi?"

"Longe de ser suficiente." A voz de Leandro era lenta, "Reconstruir o complexo demanda muitos armamentos, você sabe."

Helena pareceu perturbada.

Ela olhou ao redor e falou em voz baixa "Com Fabiano nos vigiando tão de perto, não podemos fazer movimentos precipitados. Você terá que esperar até que eu me case com a família Alves."

"Isso depende da habilidade da família Carvalho. Se ficarem com medo de Fabiano a ponto de não conseguir entregar, mais cedo ou mais tarde, acabarão nas mãos dele, concorda?"

Helena não tinha resposta.

Em certo sentido, ele estava certo.

Ela ficou em silêncio por um momento "Vou ter que consultar meu avô sobre os dois carregamentos, mas espero que você não pare com Natália."

"Entendido, então fico no aguardo de boas notícias."

Após desligar.

Helena fechou os olhos e respirou fundo.

Não mexer com Natália por enquanto não significava que ela estava disposta a deixar isso passar.

A existência de Natália era um espinho em seu olho, uma dor em sua carne.

Enquanto ela permanecesse em Cidade Norte, Fabiano nunca a esqueceria.

Natália apertou o botão do elevador, entrando nele e indo diretamente para a porta do seu apartamento.

Ao digitar a senha, a luz controlada por voz acima de sua cabeça se apagou subitamente, deixando o corredor no escuro.

"Beep, beep, beep—"

O som da trava era excepcionalmente nítido.

Seguido por passos lentos e medidos que vinham atrás dela.

Natália congelou, sem se mover.

"Tap, tap, tap—"

Mais perto.

Ainda mais perto.

Os passos quase pararam atrás dela.

O coração de Natália quase parou.

Ela estendeu a mão para dentro da bolsa, puxando rapidamente um spray de pimenta e pulverizando freneticamente para trás.

No segundo seguinte—

Seu pulso fino foi agarrado por uma mão grande.

Uma figura alta e imponente a pressionou contra a porta de segurança.