Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 305

Centro de Recuperação Hospitalar.

Valério, com Natália ao seu lado, subiu no elevador com familiaridade e abriu a porta de uma suíte hospitalar de luxo.

O interior era espaçoso, tranquilo, com uma vista ampla e iluminado pela luz do sol de inverno que entrava inclinada, criando uma atmosfera aconchegante.

Na cama, jazia uma mulher de aparência pálida e magra, com os olhos levemente fechados, como se estivesse adormecida.

Era a mãe dele.

"Sentem-se."

Valério trouxe uma cadeira com movimentos suaves.

"Certo."

Natália respondeu, sentando-se na cadeira, lançando olhares curiosos em direção à cama.

A mulher era muito bonita, com traços distintos e aparentemente na casa dos quarenta, parecendo bastante jovem.

Seus olhos levemente inclinados para cima, que quando abertos, devem revelar um olhar encantador, muito semelhante ao de Valério.

Mesmo em estado vegetativo, sua beleza era digna de admiração.

Valério, segurando uma toalha quente, cuidadosamente limpou as mãos e o rosto da mulher com gestos que lembravam o cuidado dispensado a uma obra de arte.

Com voz baixa, ele disse: "Mãe, eu cresci e estou namorando. Ela se chama Natália, uma arquiteta incrível. Hoje, eu a trouxe para te conhecer."

Natália pressionou os lábios juntos.

Com coragem, fez uma leve reverência em direção à mulher: "Prazer, sou Natália."

A mulher não mostrou reação.

Mas Valério se animou, olhando para Natália com emoção.

"A mão dela mexeu, você viu? Acabou de mexer de novo!"

Natália piscou, surpresa ao vê-lo tão animado, parecendo um golden retriever cuidadoso, mas extremamente feliz.

"Parabéns." Natália disse, sinceramente feliz por ele.

Valério estava visivelmente alegre.

"Eu sabia que minha mãe ia gostar de você. Além de mim e do meu pai, você é a terceira pessoa que fez ela mover os dedos!"

Natália explicou: "Ela deve te amar muito para responder assim."

Valério ergueu o queixo orgulhosamente.

"Minha mãe sempre me amou muito."

No meio da conversa, a porta do quarto se abriu, e uma figura familiar entrou com destreza.

Durante o caminho, Valério estava visivelmente irritado, falando bem menos do que o habitual.

Natália olhou para ele, perguntando instintivamente: "Você está bem?"

"Estou ótimo!"

Valério esfregou os olhos vigorosamente, seus olhos estavam visivelmente vermelhos.

"Quem não está bem é minha mãe. Ela se casou por amor logo após se formar, teve a mim um ano depois. Ela poderia ter tido uma vida muito melhor, mas por minha causa e do meu pai, desistiu de tudo."

"Ela foi muito tola."

"Natália, você não pode ser tola como ela."

Natália mordeu o lábio, sentindo uma onda de calor no coração.

"Eu sei, você já me disse muitas vezes."

De repente, o carro balançou violentamente, como se algo tivesse batido nele com força.

Natália foi jogada contra o encosto do banco, olhando para trás com alerta.

"O que foi isso?"

"Estamos sendo seguidos. Alguém está nos rastreando."