Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 308

Natália mudou a cor do rosto, falando com firmeza.

“Impossível.”

“Então o jogo continua.” Leandro riu de leve, sem pressa. “Na próxima vez, adivinhe quem será o próximo a sofrer?”

Os olhos de Natália se contraíram subitamente.

“Leandro, você enlouqueceu? Seu alvo sou eu, não os outros!”

Leandro ainda ria de leve. “Você pensa que por trabalhar para o governo eu não ousaria tocar em você?”

“E o Pedro, você se importa com ele?”

Boom—

O sangue de Natália gelou.

Ele iria atacar o Pedro?

De fato, dentre as pessoas ao seu redor, a família de Valério tinha uma posição forte demais para Leandro desafiar.

O único alvo fácil era Pedro.

Embora Natália estivesse desiludida com Pedro, ela não podia permitir que Leandro o ameaçasse sem motivo.

Se ela não se importasse com a vida ou morte de Pedro, quem seria o próximo a ameaçá-la depois dele?

Patrícia, talvez?

Natália apertou o celular com tanta força que seus dedos começaram a ficar brancos.

“Leandro, você é realmente um demônio.”

“Eu te dou três dias. Se em três dias eu não souber que você saiu do país, a vida de Pedro será minha.”

Tut-tut-tut—

A chamada foi encerrada, deixando apenas o tom de ocupado.

Natália ficou paralisada, tremendo involuntariamente.

“Buzz-buzz-buzz—”

O celular vibrou novamente.

Ela olhou para baixo, era uma ligação do hospital.

“Srta. Ferreira, seu pai Pedro já está recuperado e pronto para receber alta hoje. Precisamos que um familiar venha ao hospital para concluir os procedimentos de alta.”

Natália tentou se acalmar antes de responder.

“Estou ciente, estarei aí em breve.”

Natália guardou o celular, pediu uma licença ao seu supervisor e foi até o hospital.

Pedro tinha acabado de se vestir e estava empacotando suas coisas, sentado na cama esperando pela alta.

Após concluir os procedimentos com o médico, Natália ajudou Pedro a sair do hospital.

Ao passarem pelo saguão, colidiram com uma figura delicada e atraente.

A mulher estava vestida com alta-costura, com maquiagem impecável e cabelos longos e cacheados caindo sobre os ombros, irradiando uma aura distinta.

Era Helena.

“Você me conhece?”

“Não, não conheço. Eu não sei de nada, Natália, vamos embora, se não vamos perder o ônibus para casa.”

Pedro desviou o olhar rapidamente, puxando Natália para sair com urgência.

Natália percebeu que algo estava errado.

Mas na frente de Helena, ela não mostrou, levando Pedro embora.

Fora do hospital.

Natália chamou um táxi e levou Pedro até a estação de ônibus.

No caminho, ela perguntou diretamente: “Como você conhece Helena? Você sabe de algo, está escondendo algo de mim?”

“Não, não, não tem nada, não pergunte mais, só me leve para casa, por favor.”

Pedro parecia muito resistente, relutante em discutir qualquer coisa relacionada à família Carvalho.

O pensamento de Natália pesou.

Sabendo que não conseguiria extrair mais informações, ela desistiu.

Mas o peso em seu coração era imenso.

Três dias.

Apenas três dias.

Se não encontrasse uma forma de contrabalançar Leandro, sua existência se tornaria um purgatório de serenidade.