Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 371

Esse rosto, era idêntico ao de Manuel, o herdeiro da família Barbosa!

Ela era a filha perdida há anos da família Barbosa, Glória?

A família Barbosa conseguiu encontrar a filha?

Natália ficou um tanto chocada, mas não disse nada, apenas acenou com a cabeça.

"Muito obrigada."

Nos momentos seguintes, Glória parecia estar ensinando-a intencionalmente, com movimentos lentos na hora de cortar e utilizando cada conjunto de talheres.

Natália, agora na Universidade Norte, entendeu para que servia cada peça, embora ainda não estivesse familiarizada, mas felizmente, não fez feio.

Após a refeição, serviram bebidas e sobremesas.

As senhoras todas conversavam.

Natália aproveitou para ir ao banheiro.

Lá dentro, ainda podia ouvir duas jovens falando do lado de fora.

"Então a namorada do Fabiano é uma caipira, nem sabe comer em um restaurante de comida ocidental, que vergonha."

"Dizem que veio do interior, de uma família pobre, e se agarrou ao Fabiano, de galinha para pavão."

"Galinha sempre será galinha, perto do porte da Helena, nem se compara."

Natália segurou a maçaneta da porta por um longo tempo, sem se mover.

A fofoca continuava lá fora.

"Olha só o jeito que ela se veste hoje, tão desleixada, parece que trabalha na construção, é uma vergonha para a família Alves, aposto que essa história de ser designer é pura mentira."

"Aposto que ela é uma caça-dotes, mirando as senhoras de alta sociedade."

"Quem se casa com uma família assim, quem vai querer trabalhar?"

"É isso mesmo que eu penso!"

Natália destrancou a porta e saiu diretamente.

"Vocês estão enganadas." Ela disse, pegando todos de surpresa.

Sem esperar uma resposta, ela caminhou até a pia, falando séria e educadamente.

"Sou Natália, formada em 2023 no curso de Arquitetura e Design pela Universidade Norte, atualmente trabalhando como designer na GDSS Arquitetura, com um emprego estável, salário fixo, benefícios sociais, comissões por desempenho, e independente de me casar com a família Alves ou não, continuarei com meu trabalho, dedicada à minha carreira."

Após falar, ela olhou para as pessoas ao redor.

"Se têm mais dúvidas, podem me perguntar diretamente, em vez de fazer suposições erradas."

O silêncio tomou conta do ambiente.

As jovens, antes tão envolvidas na fofoca, agora pareciam extremamente envergonhadas.

Natália não lhes deu mais atenção, lavou as mãos, secou com papel toalha e saiu.

Dessa vez, não houve mais nenhum som atrás dela.

Glória pegou o celular. "Então, vamos adicionar no WhatsApp? Srta. Ferreira, com sua coragem e astúcia, salvou meu pai, e graças a isso estou aqui hoje. Preciso agradecer-lhe em outro momento."

Natália balançou a cabeça, sorrindo.

"Seu pai me deu dois milhões, isso já foi um agradecimento. E a Srta. Barbosa acabou de me tirar de uma situação complicada, considero isso um segundo agradecimento. Estou mais do que satisfeita."

Dito isso, despediu-se de Glória e virou-se para ir embora.

Atrás dela, ouviam-se murmúrios de outras pessoas, "Ela não sabe reconhecer um favor."

Natália não olhou para trás.

E também não adicionou Glória no WhatsApp.

Talvez por causa dos anos que passou desaparecida.

Ela e Manuel tinham aparências semelhantes, mas essências diferentes.

Manuel irradiava a simplicidade e a pureza típicas de um herdeiro rico.

Glória, por outro lado, era peculiar e esperta, além de mais animada e também mais misteriosa.

E Glória era excessivamente entusiasmada com ela, o que, devido a experiências passadas, fez com que Natália se tornasse cautelosa.

Em suma, ela não queria fazer amigos sem motivo.

Muito menos envolver-se em qualquer relação privada com a família Barbosa.