Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 4

Natália ficou acanhada instantaneamente.

Sua cabeça estalou com um zumbido e seu corpo começou a se endurecer.-

Ela não esperava que o homem, que parecia tão seco ao telefone, pudesse ser tão refinadamente atraente, apenas parado ali, emanava uma beleza que era difícil desviar o olhar.

Contudo, a frieza e a distância que ele transmitia a impediam de se aproximar.

Dava a impressão que ele tinha acabado de sair do banho, seus cabelos curtos ainda úmidos, suas sobrancelhas e olhos tingidos por uma frieza e preguiça.

Natália acenou com a cabeça, envergonhada disse "Sou eu".

"Venha comigo.”

O homem disse duas palavras e virou-se em direção ao elevador.

Natália se levantou sem jeito, com a cabeça zumbindo, e seguiu-o.

…

O design do local era de apartamentos de alto padrão, um por andar, assim que saíram do elevador, Fabiano usou sua impressão digital para destravar a porta.

Com um "beep", ele abriu a porta, com um tom um tanto indiferente.

"Entre."

Natália engoliu em seco e entrou cuidadosamente.

O apartamento era bem grande, com cerca de duzentos metros quadrados, o interior era decorado de maneira simples, com uma combinação de cores cinza e branco, demonstrando um gosto elegante e discreto.

Dizia-se que os imóveis ali eram muito caros, onde apenas profissionais de alto nível moravam, e isso ficava bem claro devido às luxuosas instalações do saguão, algo que uma pessoa comum levaria anos para conseguir adquirir.

Natália ficou na entrada, encolhida como um rato.

Fabiano trancou a porta e abriu o armário do hall, dando-lhe um par de chinelos descartáveis, Natália educadamente tirou os sapatos e colocou os chinelos.

Ao entrarem na sala, o homem sentou-se no sofá, curvando-se levemente, com as pernas cruzadas, numa maneira casual e preguiçosa.

Seus olhos escuros a olhavam de cima a baixo, com uma averiguação aberta e franca, fazendo Natália se sentir como se ele a estivesse avaliando.

Ele não disse nada, e ela não se atrevia a se mexer.

Ela estava quieta na sala, com a cabeça baixa.

Até que ele disse três palavras.

"Tire, rápido, que estou com pressa."

Fabiano colocou o copo na mesa de centro, com um som no qual era impossível revelar sua emoção.

As mãos de Natália apertavam o cinto, segurando fortemente a fivela, vacilando em soltar.

Repentinamente, ela recuou. "Mudei de ideia, me desculpe, vou embora agora."

Ela virou-se rapidamente para fugir, tremendo ao tentar puxar a maçaneta da porta, mas ela não se movia.

A porta havia sido trancada por dentro.

O coração de Natália saltou para a garganta.

Nesse instante, Fabiano foi se aproximando lentamente, com uma estatura alta e grandiosa, e sem fazer qualquer esforço a empurrou contra a porta.

Ele continuou a se aproximar, seu rosto estava a menos de um centímetro do dela, impondo uma sensação autoritária.

"Pensou em desistir? Tarde demais."

"Acha que pode vender quando quer e parar quando quer? As coisas funcionam assim no mundo?"