Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 40

Anoitecer.

Natália seguiu Leandro para jantar antes de chegar ao Centro Internacional Sky.

Ele não entrou pela porta principal, mas sim levou-a por uma entrada lateral, contornando um longo corredor subterrâneo e, por fim, acessando um mirante por meio de um elevador.

"Daqui, pode-se ver toda a estrutura interna do edifício," disse Leandro com um sorriso.

Natália permaneceu no mirante, fascinada pela cena espetacular e complexa à sua frente.

Depois de quatro anos, ela finalmente estava vendo o interior do edifício em sua totalidade e, embora houvesse fotos no livro, as imagens nebulosas não se comparavam ao impacto do efeito tridimensional diante de seus olhos.

Esse era o sonho de todos os estudantes de arquitetura da Cidade Norte.

Natália olhava para ele com fascínio, cada viga, cada coluna de sustentação, ela olhava com muita atenção.

Era seu futuro projetar esse tipo de edifício!

Uma hora se passou sem que ela percebesse.

Até que algumas figuras apareceram no lobby abaixo e alguém assobiou para Leandro lá em cima com uma intimidade notável.

"Sr. Reis, o que você está fazendo aí? Desça para se divertir conosco!"

Leandro olhou para as pessoas abaixo e sorriu, negando com a cabeça, "Hoje tenho compromissos, não vou poder me juntar a vocês, fiquem à vontade."

"Como assim, compromissos com a namorada? ficar aí parado é tão chato, traga ela para cá para conhecermos, não somos pessoas ruins, do que você tem medo?" provocou alguém do grupo.

"É isso aí, vamos nos familiarizar, para no futuro podermos ajudar um ao outro."

Eles continuaram com suas brincadeiras e Leandro, após uma breve reflexão, virou-se para Natália.

"Natália, você quer descer para se divertir um pouco? eles são todos figuras respeitadas da Cidade Norte, talvez possam ajudá-la no futuro."

Quem não precisa de alguns contatos quando se está na construção civil?

Sem mencionar esse grupo de contatos de melhor qualidade.

Natália entendeu a sugestão e, embora um pouco relutante, reuniu coragem e assentiu com a cabeça.

"Tudo bem."

Então, Leandro anunciou para os de baixo, "Vamos reservar um quarto, eu pago, desço já."

O grupo abaixo riu e foi falar com o garçom para reservar uma sala privativa.

No meio da multidão estava Gabriel.

"Ah, Então ela é sua aprendiz, não é de se admirar que seja tão dócil e suave, parece que acabou de sair da cidade universitária."

"Pequena, não tenha medo, nós não somos pessoas boas..."

Várias pessoas flertavam umas com as outras, Natália sentou-se ao lado de Leandro, com o rosto corado.

Embora ela tivesse visto esse tipo de cena da última vez, quando estava vendendo bebidas em uma boate, dessa vez ela ainda sentia como se estivesse sendo encarada por vários pares de olhos.

"Bom, continuem com suas diversões, não a assustem."

Leandro pegou um copo e serviu-lhe um suco, consolando-a em voz baixa.

"Não se preocupe, estou aqui, relaxe à vontade."

Natália assentiu obedientemente, tentando se acostumar com o ambiente.

As pessoas na mesa começaram a conversar esporadicamente, e Natália, sem saber o que dizer, apenas cuidava de beber a bebida à sua frente.

Nesse momento, a porta do camarote se abriu de repente.

Uma figura longa e escura entrou devagar, com uma aura fria e inegavelmente imponente, provocando um murmúrio entre os presentes no camarote.

Natália inconscientemente olhou para o lado e se deparou com os olhos claros e profundos do homem.