Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 425

Casa Antiga de Alves.

Mirella acompanhou Yasmin no jantar, antes de partir sozinha.

Ao sair, um Porsche Cayenne preto estava estacionado na porta, com Uriel esperando dentro do carro.

Ela abriu a porta e entrou.

Seu corpo foi fortemente abraçado pelo homem.

"Já são dez horas, a Sra. Silva não pretende voltar para casa?" perguntou ele.

"O que está dizendo? Não estou aqui?" respondeu Mirella com um tom de repreensão. "Minha mãe tem estado um pouco para baixo ultimamente, então decidi fazer-lhe companhia. Giselle vai ficar aqui esta noite também, para lhe fazer companhia."

Uriel não disse nada, apenas aproximou seu rosto marcante do dela.

"Agora que a 'ning ning' não está, que tal passarmos a noite..."

Mirella o empurrou levemente. "Sem seriedade."

"Qual homem é totalmente sério com sua esposa? Deixe de me criticar, seu irmão também é do mesmo jeito."

Mirella suspirou. "…"

Já era muito tarde.

Fabiano e Natália jantaram fora antes de voltar para casa.

Durante o banho, a porta do banheiro se abriu e Fabiano, com sua figura esguia e imponente, entrou.

"O que você está fazendo?"

"Vamos tomar um banho juntos."

Antes dela poder reagir, Fabiano fechou a porta atrás de si, envolvendo-a sob o chuveiro.

Sua mão habilidosa começou a se mover, não muito inocentemente.

Enquanto tomavam banho, os dois se beijaram impulsivamente.

A água quente caía, gotas de água de seus cabelos curtos tocavam seus lábios, seus olhos brilhando com um fogo oculto.

"Como vamos passar a noite?"

Como?

De que outra forma poderiam?

O rosto de Natália estava ruborizado, ela estendeu os braços para abraçá-lo pelos ombros, ergueu-se na ponta dos pés e beijou seu pescoço.

Então, ela o mordeu com força.

"!"

Fabiano inalou abruptamente, sua respiração tornando-se pesada.

Sua voz, em meio ao som da água, era rouca e sedutora.

"Onde você aprendeu essas habilidades?"

Natália, ofegante, com olhos cheios de desejo, respondeu: "Aprendi por conta própria."

Ela levantou a mão, tocando o pescoço ligeiramente saliente dele.

"Aqui, é um ponto sensível do Fabiano."

Os olhos de Fabiano se estreitaram levemente, uma sombra passando rapidamente.

"Gosta de encontrar meus pontos sensíveis?" Sua mão encontrou um lugar especial, apertando levemente, "Que tal tentarmos os seus pontos sensíveis? Será mais interessante."

"Uh…"

Antes que Natália pudesse reagir, ele a beijou sob o som suave da água.

O som de seus beijos se misturava ao da água corrente.

…

O projeto oficialmente começou.

Nos últimos dias, Natália passou doze horas no canteiro de obras.

Devido ao grande consumo de materiais nesta fase do projeto, os materiais da equipe de projeto acumularam-se como pequenas montanhas.

Natália e Patrícia estiveram ocupadas toda a manhã, até que ao meio-dia se deitaram sobre os tijolos de ardósia, vigiando seus materiais de construção.

Quando estavam prestes a cochilar, um som de batida nos tijolos de ardósia e uma voz agradável ecoaram.

"Nem vão almoçar, já estão prontas para a sesta, é?"

Natália abriu os olhos, encontrando-se com um par de olhos educados e bonitos.

Ela piscou algumas vezes antes de reconhecer quem era.

"Dr. Costa, o que o traz ao canteiro de obras?"

Num bairro suburbano da Cidade Norte.

Num determinado hospital psiquiátrico.

Uma mulher vestindo um uniforme listrado, magra, com cabelos desgrenhados como uma touceira de gramas, e com correntes de ferro nos pés, batia na porta do quarto incansavelmente.

"Eu não estou tendo um surto, me deixem sair, me deixem sair!"

No entanto, ninguém lhe prestava atenção.

Seus olhos ardiam em vermelho vivo enquanto ela levantava uma cadeira e a arremessava contra a janela com força.

Crash—

O vidro se estilhaçou, espalhando-se pelo chão, cheio de pedaços cortantes.

Olívia, como se não sentisse dor, pisou sobre eles e gritou freneticamente.

"Me deixem sair, eu quero ir para casa!"

Este alvoroço atraiu as enfermeiras, que franziram a testa ao vê-la dessa maneira.

"Ela está tendo outro surto, o que fazemos?"

"Vá buscar uma corda, vamos amarrá-la e injetar um sedativo."

"Mas o Diretor-Associado Souza ordenou que só podemos injetar uma vez por dia."

"Com a filha dele nesse estado, uma dose de sedativo há muito que não é suficiente, vamos dobrar a dose, senão, se ela morrer, seremos nós que teremos problemas."

"Está bem."

Minutos depois, Olívia foi imobilizada por várias enfermeiras, e uma agulha fina foi inserida em sua pele.

Ela queria gritar.

Mas sua visão foi ficando turva, escurecendo aos poucos.

Ela lentamente fechou os olhos, sentindo-se pesada.

Ela estava indignada.

Ela odiava profundamente.

Mas tudo que lhe restava eram incontáveis agulhas e a escuridão.