Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 433

À meia-noite.

Fabiano regressou ao Bairro Magnético, acessando sua casa com a digital.

A luz da sala estava acesa, e Natália, ouvindo o som, correu para fora do escritório.

"Tudo resolvido?"

Fabiano assentiu, afrouxando a gravata enquanto tirava o casaco e respondia.

"Olívia foi presa, será condenada, e Mateus renunciou por conta própria, a partir de agora, você não a verá mais."

Natália suspirou aliviada.

"Que bom."

Finalmente, ela não poderia mais causar problemas.

Caso contrário, repetidas vezes, ninguém aguentaria.

Fabiano refletiu por um momento e, em seguida, colocou seus braços ao redor dos ombros de Natália.

"Seu projeto acabou, que tal ficar em casa descansando por um tempo?"

Natália hesitou por um instante.

Instintivamente, perguntou-lhe "Além de Olívia, aconteceu mais alguma coisa?"

Fabiano ficou em silêncio por alguns segundos, sua voz um pouco mais profunda.

"Neste ramo, o que mais temo é que descubram minha fraqueza. Uma vez distraído, de qualquer forma, serei afetado."

Ele baixou os olhos para Natália.

"Você é minha fraqueza."

Natália entendeu.

Sua presença, talvez, de certa forma, limitasse suas ações.

Natália assentiu "Entendi, vou aproveitar esses dias para descansar, ficarei em casa te esperando voltar do trabalho."

Fabiano sorriu levemente "Ótimo."

Natália deu dois passos à frente e o abraçou pela cintura.

No silêncio, a respiração deles era excepcionalmente clara.

"Embora eu não saiba o que aconteceu no seu trabalho, contanto que você esteja seguro, está tudo bem."

"Vou me tornar mais forte, para não ser um fardo para você."

O coração de Fabiano deu uma leve batida.

Ele levantou a mão, abraçando-a de volta, sua voz rouca e baixa.

"Você não é um fardo, você é meu calmante."

"Que tal tomar um banho e dormir com seu calmante?" Natália olhou para ele.

Fabiano, desabotoando sua camisa com uma mão, segurou o pulso dela com a outra, caminhando em direção ao banheiro.

"Venha tomar comigo."

"Eu já tomei banho."

"Tome outra vez."

"..."

Fabiano guardou o celular, instruindo o motorista Vitor "Espere aqui, vou entrar um pouco."

Vitor, confuso, perguntou "Sr. Alves, o que o senhor vai fazer no hospital?"

"Vou encontrar com aquela Glória."

Vitor preocupado "Quer que eu vá com o senhor?"

"Não precisa, tem algumas coisas que prefiro perguntar a ela sozinho."

Fabiano abriu a porta do carro e saiu.

Minutos depois.

Ele foi diretamente para fora do quarto de Glória.

Glória, vestindo um uniforme de hospital listrado, estava deitada na cama recebendo soro, com várias partes do corpo enfaixadas e um semblante pálido.

O quarto estava silencioso, sem mais ninguém além dela.

"Tok, tok."

Fabiano bateu na porta e entrou rapidamente.

Em seguida, trancou a porta atrás de si.

Glória viu-o, sem um pingo de surpresa, mas sim com um interesse marcado ao falar.

"O Sr. Alves veio procurar-me por algum motivo?"

Fabiano estava de pé em frente à cama de hospital, olhando-a de cima com um olhar penetrante.

Falou pausadamente, "Quem é você, afinal?"