Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 468

Patrícia levantou-se para verificar.

Parada em frente à janela durante um longo tempo, finalmente disse, “Não tem nada, já é tarde, lá embaixo nem tem mais carros.”

Natália recolheu seu olhar e respondeu, “Tudo bem, eu entendi.”

Ela mexeu distraidamente no arroz e nos legumes do prato, lançando de vez em quando olhares para a sopa nutritiva ao lado.

Exceto por aquela sopa, tudo havia sido preparado por ele.

Mesmo escondido na penumbra, observava-a entristecer e se decepcionar, sem jamais revelar-se.

Uma vez, duas vezes, sempre era assim.

No outro estacionamento abaixo, Vitor observava Fabiano pelo retrovisor.

“Você é mesmo perspicaz. Patrícia realmente foi até a janela olhar para baixo, como você disse que faria. Você conhece a Srta. Ferreira como ninguém.”

Fabiano esboçou um meio sorriso.

“Eu consigo prever cada uma de suas reações.”

“Então por que você ainda...” Por que magoá-la?

Vitor engoliu as últimas palavras, sem ousar pronunciá-las.

“Está muito silencioso aqui, coloque uma música.” sugeriu Fabiano.

Vitor pegou seu celular, conectou ao Bluetooth e disse, “Qual música você quer ouvir? Posso assinar um serviço premium para você.”

“Esse carro não tem outras músicas na playlist?” Fabiano perguntou, indiferente.

Vitor entendeu o recado.

Desligou o celular e silenciosamente ligou o sistema de som do carro.

Aquela música “Fé” que ele fora obrigado a ouvir tantas vezes, mais uma vez dominou seus ouvidos.

...

No dia seguinte, a mansão da família Barbosa estava imponente.

Jorge era uma figura de destaque no mundo das antiguidades, e sua morte chocou toda a Cidade Norte.

Todos os notáveis foram convidados para o funeral.

O escândalo de divórcio da família Alves serviu como desculpa perfeita para Natália não comparecer.

Fabiano foi sozinho.

Ao chegar em um carro preto luxuoso, Mirella desceu vestindo um elegante vestido preto.

Uriel a despediu-se na frente do carro, “Tenho uma viagem de negócios de última hora, agradeço por cuidar disso.”

Mirella balançou a cabeça gentilmente, ajeitando sua gravata.

“Não se preocupe, como sua esposa, é natural que eu compareça em seu lugar a essas ocasiões. Além disso, o Velho Sr. Barbosa era meu ancião, eu teria que vir de qualquer forma.”

“Então, eu lhe agradeço, Sra. Silva.”

Uriel apertou sua mão com carinho e voltou para o carro.

“À noite vou buscar a Giselle na casa antiga, você não precisa se incomodar.”

“Tudo bem, tenha cuidado na estrada.”

Mirella o viu partir antes de virar-se com uma expressão séria e entrar na mansão.

Muitas pessoas da família Barbosa já haviam chegado.

O velório foi montado no gramado da mansão, cercado por crisântemos e faixas de luto, com uma foto de Jorge, que em vida era bondoso e gentil, ao centro.

Todos prestaram suas homenagens, muitos amigos antigos choravam.