Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 470

Enquanto isso, o velório de Jorge também pegou fogo.

Línguas de fogo acolhiam o vento, envolvendo faixas brancas e coroas de flores, enquanto o gramado era rapidamente coberto por uma densa fumaça negra.

O local estava um caos completo.

"Está pegando fogo, rápido, apaguem!"

"Liguem para os bombeiros!"

Glória saiu do esconderijo, seguida por chamas intensas.

Ela caminhava desabotoando seu casaco.

O largo traje de luto foi retirado, revelando uma roupa justa toda preta, fria como aço, eficiente e direta.

Ela contornou o velório e foi diretamente para a garagem.

No jardim dos fundos, uma sombra negra correu em sua direção, carregando uma menina que se debatia, com a boca selada por fita adesiva, choramingando sem conseguir emitir som.

"Velho Sr. Barbosa, da Universidade Norte, aqui está a menina que consegui para você."

"Bom, agora fuja, o resto é comigo."

Glória pegou a criança e a colocou no Maserati de Manuel, depois sentou-se no banco do motorista e ligou o motor com habilidade.

O Maserati rugiu ao sair.

Ao passar pelo velório, Manuel, com olhos atentos, viu a cena e gritou no meio da confusão.

"Glória, para onde você está indo?"

Glória não lhe deu atenção e acelerou.

Seu grito chamou a atenção de Fabiano, que virou a cabeça e viu por um instante a pequena figura no banco do passageiro.

Aquele olhar...

O coração de Fabiano afundou rapidamente.

Ele correu, saltou para o seu Land Rover, pressionou o acelerador e saiu em alta velocidade atrás de Glória.

Vitor ficou atordoado no lugar.

O que tinha acontecido?

Em um piscar de olhos, ela havia desaparecido?

"O que está acontecendo?"

Mirella, ouvindo os gritos, correu até Vitor e perguntou.

"Não sei." Vitor balançou a cabeça, "Foi rápido como um raio, nem vi direito."

Nesse momento, o celular de Mirella tocou.

Ela deslizou a tela para atender sem ter tempo de dizer nada, e do outro lado veio o choro desesperado de Yasmin.

"Mirella, algo terrível aconteceu, Giselle foi sequestrada na porta de casa!"

No hospital.

Fora do quarto, dois seguranças conversavam ansiosamente.

Natália percebeu algo estranho e saiu para perguntar.

"O que aconteceu? Algum problema?"

Um dos seguranças disse sem pensar "A Srta. Giselle foi sequestrada."

"O quê?"

"Levem-me com vocês." Natália disse.

"Isso não seria apropriado." Os seguranças hesitaram.

"Eu conheço um atalho, passando por uma área residencial, chegamos diretamente embaixo da grande ponte, podemos economizar metade do tempo." Natália explicou, "Não há tempo a perder, parem de hesitar e vamos."

Após uma breve reflexão, sem outra escolha, levaram-na com eles.

"Senhorita Ferreira, por favor, acomode-se, é imprescindível que não saia do veículo."

Natália, acariciando sua barriga, assentiu calmamente: "Não precisam me dizer, eu entendo."

...

A Maserati acelerou em direção à ponte, executando um belo drift antes de parar.

Ao abrir a porta, Glória puxou Giselle para fora.

Fabiano veio logo atrás, correndo em direção a elas.

No segundo seguinte, uma arma estava encostada na cabeça pequena de Giselle.

Glória, inclinando a cabeça, sorriu inocentemente: "Fabiano, esse dia finalmente chegou, eu finalmente posso acertar as contas com você."

Giselle, aterrorizada, começou a chorar sem conseguir emitir som, suas pequenas mãos esbofeteando o ar em direção a Fabiano.

Fabiano parou abruptamente seus passos.

Vendo sua reação, Glória sorriu ainda mais despreocupada: "Sabia que você protegia a Natália tão rigorosamente que ninguém poderia se aproximar, então, que tal eu ameaçar outra pessoa?"

O olhar de Fabiano se encheu de frieza, uma veia pulsando em sua testa.

"Solte-a, seu alvo sou eu."

"Que tal fazermos uma troca?" Glória ergueu uma sobrancelha, "Há uma bomba escondida dentro do parapeito da ponte. Você a pega, detona, e salta da ponte. Se você morrer, eu deixo sua sobrinha ir."