Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 481

Rafael não compreendia, olhando com pesar para Natália desabar nos braços do homem, suave e delicadamente.

Era a moça que sua tia lhe apresentara como possível interesse amoroso.

Ele perguntou, "Não posso correr atrás da ex-esposa?"

Gabriel deu-lhe um tapinha no ombro, "Meu irmão, escute um conselho, a ex-esposa de outra pessoa você pode perseguir, a dele... melhor deixar pra lá."

Enquanto falavam, Fabiano já estava ajudando Natália a caminhar até o estacionamento.

Seus passos eram vacilantes, sem força, e ela quase que completamente sustentada por ele ao redor da cintura.

Ela tentava abrir os olhos, mas sua consciência mal lhe obedecia.

Vendo a cena, Patrícia gritou imediatamente atrás deles, "O que você está fazendo? Solte a Natália..."

No momento seguinte, foi puxada de volta por Gabriel.

"Para de gritar, ela já tem quem a leve para casa. Vamos, eu te levo."

Patrícia se debatia, tentando seguir Fabiano, "Não, eu quero a Natália, meu Deus, minha querida..."

Gabriel a levantou com um braço só, deu alguns passos e a colocou diretamente no carro.

Em seguida, ligou o motor e foi o primeiro a partir.

Do outro lado.

Fabiano abriu a porta do passageiro do LandRover, colocando Natália lá dentro.

Ela parecia estar dormindo, um sono profundo, com o corpo mole, sem muita resistência.

Fabiano puxou o cinto de segurança, cuidadosamente o ajustando nela.

"Sr. Alves, voltamos para o Bairro Magnético?" perguntou Vitor.

Fabiano balançou a cabeça negativamente.

Ele lembrou de algo que Patrícia havia dito sem querer naquele dia, sobre ter comprado uma casa no Condomínio Nove Árvores.

Ele instruiu, "Veja em qual bloco e andar ela mora no Condomínio Nove Árvores."

Vitor, um tanto constrangido, comentou, "Esse tipo de informação pessoal, nem Patrícia nem Sr. Teixeira diriam, não seria como trair a Srta. Ferreira?"

Eles já estavam tentando levar alguém embora, e Patrícia tinha gritado por um bom tempo atrás deles.

Vitor sugeriu, "Talvez, eu deveria reservar um hotel?"

"Hotéis são sujos, não são limpos."

Fabiano ficou em silêncio por um momento, então falou, "Lembro que o Condomínio Nove Árvores é um empreendimento da Uriel."

Vitor entendeu.

Pediria ajuda ao cunhado, então.

Como ele havia bebido, não era aconselhável dirigir.

Assim, ele ficou para trás para ligar para Uriel.

Fabiano tomou o volante do LandRover, partindo imediatamente.

Rafael ficou parado, observando as duas partes se afastarem, tocou seu nariz sem saber o que dizer.

"Conseguiu alcançá-la?"

Sra. Paiva apareceu naquele momento, ansiosa por uma resposta.

Rafael abriu as mãos em sinal de derrota, "Fui interceptado."

"Plim—"

A porta se abriu.

Fabiano hesitou por um momento, baixando o olhar para ela.

Depois de tantos anos, ela ainda mantinha algumas de suas velhas rotinas.

Como se... eles nunca tivessem se separado.

O cômodo era amplo, ocupando 400 metros quadrados.

A sala de estar estava quase vazia, exceto por alguns móveis e uma única mala solitária.

Fabiano fechou a porta e carregou Natália nos braços até a cama.

As bochechas dela estavam coradas, os olhos firmemente fechados, e uma leve ruga se formava entre suas sobrancelhas, como se ela estivesse tendo um sono inquieto.

Fabiano se ajoelhou ao lado da cama, observando fixamente o rosto dela por um longo tempo.

Os olhos, o nariz, os lábios, o queixo...

Nada havia mudado.

E, no entanto, tudo estava diferente.

Fabiano continuou observando-a assim, até que ela tossiu duas vezes, sua voz soando um tanto rouca.

Ele se levantou e foi buscar água.

Quando voltou, segurando o copo de água, ajoelhou-se ao lado da cama, colocando a borda do copo nos lábios dela.

Natália abriu os olhos.