Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 483

As folhas das árvores faziam um suave ruído lá fora.

A cortina gentilmente se movia com o vento.

Na cama, a respiração era contida e controlada.

Até o som do vento carregava um ritmo eterno.

No dia seguinte, Natália despertou sob a luz do sol matinal.

Sentia o corpo todo dolorido, a cabeça pesada e a garganta tão seca que parecia pegar fogo.

"Acordou? Quer beber um pouco de água?"

Uma voz masculina, profunda e levemente rouca, soou acima dela.

Natália se enrijeceu, hesitou por um momento e, lentamente, levantou o olhar, encontrando-se com aquele rosto nítido e frio.

Zum——

Uma tempestade explodiu em sua mente.

O sangue em suas veias pareceu congelar naquele instante.

"Você, você, você..."

"Sou eu, faz tempo que não nos vemos."

Fabiano respondeu por ela, com uma voz ainda mais rouca.

"Como você está aqui na minha casa?" Natália falou sem nexo.

"Você bebeu demais ontem à noite, eu te trouxe para casa."

Fabiano sentou-se na cama, estendeu a mão para pegar um copo de água morna no criado-mudo e ofereceu a ela.

"Sua garganta ficou rouca a noite toda, quer beber um pouco de água?"

Natália não aceitou, apenas olhou fixamente para o peito nu dele, notando arranhões, marcas de dentes vagamente visíveis e chupões no seu peitoral...

Ela baixou o olhar para si mesma, igualmente despida, e sua cabeça explodiu novamente.

"Você e eu, você fez isso comigo ontem à noite..."

"Aproveitei-me da situação." Fabiano interrompeu novamente, sua voz se tornou mais profunda e rouca. "Desculpa, não me controlei ontem à noite, fui longe demais."

Natália estava completamente atônita.

O que ela tinha ouvido?

O que ele estava dizendo?

Fizeram aquilo?

Eles fizeram!

Depois de quatro anos separados.

Ela acabou na cama com ele logo no primeiro encontro!

E ainda por cima, de uma forma tão intensa!

Isso seria o quê? Um flerte?

Natália mal conseguia aguentar.

Ela fechou os olhos, respirou fundo e puxou o cobertor para cobrir-se.

"Saia." Ela tentou manter o tom de voz controlado, "Deixe a minha casa!"

Fabiano ficou em silêncio por um momento, colocou o copo de volta no criado-mudo, ainda olhando para ela, com uma sinceridade direta.

"Sinto muito, eu fui desrespeitoso ontem à noite, admito que fui desprezível." Ele fez uma pausa, olhando para ela, "Mas... no segundo em que te abracei ontem à noite, não consegui me soltar, se você está zangada, pode me dar um tapa ou até mesmo me denunciar."

Natália desviou o olhar para ele, com um brilho frio de escárnio nos olhos.

Ele ficou em silêncio, saiu da cama, e seu corpo imponente ficou totalmente exposto.

Braços musculosos, peitoral definido, abdominais esculpidos, pernas longas...

Sem vestir nada, deixando claro que passaram a noite inteira em contato íntimo e prolongado.

Natália virou a cabeça rapidamente, evitando olhar para ele.

Mas suas orelhas involuntariamente coraram, ela puxou o cobertor, cobrindo-se completamente.

Fabiano deu uma olhada nas roupas espalhadas pelo chão, não as vestiu e foi diretamente para o banheiro.

O som da água corrente preencheu o ambiente.

Natália afastou o cobertor, olhou para a porta fechada do banheiro.

Interiormente, comentou com desdém.

Quatro anos se passaram, e ele ainda tem essa mania de limpeza.

Aproveitando o momento em que ele estava no banho, Natália desceu da cama, abriu o guarda-roupa e procurou rapidamente um conjunto de roupa de casa para vestir.

Passando pela pé da cama, o chão estava simplesmente indecente.

A camisa dele, a calça social, entrelaçada com o seu vestido de festa, a lingerie... Era demais para olhar diretamente.

Natália, com determinação, agachou-se para vasculhar e retirar suas próprias roupas.

Ao tocar nas roupas dele, fragmentos da "fantasia" da noite anterior surgiam em sua mente.

"Está doendo ainda? Vou fazer mais suave."

"Não dói mais? Então posso acelerar um pouco?"

"Podemos fazer mais uma vez, por favor?"