Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 488

Voltando à casa de Patrícia.

Natália olhou ao redor, surpresa, e perguntou a Patrícia: “Patrícia, cadê o cachorro que você tinha?”

Os cantos dos lábios de Patrícia se contraíram, demonstrando uma mistura de emoções.

“Que cachorro? Foi o Gabriel que comprou um Golden Retriever. Sempre que ele viaja a trabalho, acaba deixando o cachorro aqui.”

Natália lançou um olhar significativo para ela: “Vocês parecem se dar muito bem, hein?”

“De modo algum, nós acabamos de discutir esta manhã. Esse homem irritante pegou o cachorro dele e foi embora.”

Patrícia trouxe uma bandeja de frutas, ligou a televisão e sentou-se no sofá com as pernas cruzadas.

“Melhor assim, menos uma preocupação para mim.”

Natália sorriu, contendo-se: “Vocês até que combinam.”

“Imagina, estou melhor sozinha.”

Patrícia lhe ofereceu uma maçã, pacientemente explicando: “Coma, para repor as vitaminas e recuperar a função corporal.”

Mordendo a fruta, Natália sentiu uma sensação aconchegante.

Ao mencionar o cachorro, Patrícia ficou entusiasmada.

Ela pegou o celular, cujo papel de parede era uma foto de um Golden Retriever radiante.

“Vou te contar, esse cachorro pode ter sido comprado pelo Gabriel, mas passa metade do tempo crescendo comigo. Ele é muito apegado a mim e extremamente fofo. Olha só, não parece um galã entre os cachorros?”

Natália, gentilmente, aproximou-se para olhar.

O Golden Retriever era grande, sentado em um piso limpo, sorrindo para a câmera.

Atrás dele, havia um sofá de couro com uma manta branca, sobre a qual um gato gordo e laranja estava deitado.

Esse lugar...

Natália hesitou por um momento.

Era o sofá do Bairro Magnético.

Aquele gato... era o gatinho do Bairro Magnético.

Ela o reconheceu imediatamente.

Quatro anos depois, ele havia engordado tanto.

Patrícia, percebendo o equívoco, sorriu constrangida: “Esse Gabriel, sempre leva o cachorro para brincar com aquele gato gordo no Bairro Magnético. Se quiser, posso pedir para ele trazer o gato para você da próxima vez.”

Natália balançou a cabeça: “O gato foi ele quem encontrou, então pertence a ele.”

Embora ela dissesse isso, seus olhos continuavam fixos no gato.

Afinal, foi ela quem criou aquele gato, como se fosse seu filho, e queria poder olhar mais um pouco.

Patrícia notou sua saudade e comentou: “Não se preocupe, ele está bem. Fabiano tem uma rotina entre o trabalho e cuidar do gato, sem espaço para escândalos.”

Natália “......”

Ela estava sendo tão óbvia assim?

Ainda havia a necessidade de enfatizar sobre os escândalos dele.

Depois de comer uma maçã, Natália começou a sentir uma leve dor na região lombar e se despediu de Patrícia, indo descansar no quarto de hóspedes.

Adormecendo, ela não sentiria mais dor.

Do lado de fora, começou a chover.

A chuva caía suavemente.

Ela revirava-se na cama, com a testa coberta de suor frio.

Normalmente, a dor não era tão severa, mas desta vez, por algum motivo, a dor penetrava até os ossos, quase insuportável.

Natália pegou o celular, pensando em pedir alguns analgésicos por um serviço de entrega.

"Tok tok—"

A porta foi batida, e Patrícia entrou.

"Natália, começou a chover, sua dor voltou?"

Natália assentiu, com o rosto pálido, de tanta dor que não conseguia falar.

Patrícia percebeu que algo estava errado.

Rapidamente, ela trocou de roupa e procurou as chaves do carro. "Vou te levar para o hospital, a chuva vai durar a noite toda, não podemos deixar assim."

Natália realmente não queria incomodar.

Mas, realmente, não tinha coragem para recusar.

Ela se levantou com dor e vestiu a roupa.

Patrícia já tinha calçado os sapatos e entrou, ajudando-a a sair.

A chuva caía torrencialmente, duas figuras se apoiavam mutuamente, saindo do prédio sob um guarda-chuva.

Na cortina de chuva, a roupa branca de Natália era demasiadamente chamativa.

Fabiano apenas precisava levantar um pouco a cabeça para avistar aquelas duas figuras lentas.

Seu olhar escureceu, ligou o carro e foi atrás delas.