Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 494

Fabiano não parou por nada, foi direto e a carregou para o elevador, saiu do hospital e a colocou no banco de trás de um Land Rover.

Ele também entrou, sentando-se ao lado dela.

Mãos definidas acariciavam as dela, enquanto Natália, com uma expressão impassível, afastava-se.

Vitor, no banco do motorista, virou-se, cumprimentando Natália com entusiasmo.

“Srta. Ferreira, quanto tempo não nos vemos!”

Era a primeira vez que Natália o encontrava estando completamente lúcida, e ela respondeu com um sorriso educado.

“Ass. Vitor, faz muito tempo mesmo. Ainda está trabalhando para o Sr. Alves, não é? Depois de tantos anos, ele não te deixou de lado. Ele deve ser bastante fiel a você.”

Vitor sentiu um arrepio.

A palavra “fiel” poderia ser usada dessa forma?

Ele sorriu sem jeito, apressando-se em defender seu chefe.

“Ah, eu sou resistente, um ferimento aqui e ali não faz diferença para mim, então não há como ele me descartar. Mas a Srta. Ferreira é diferente, sua posição é muito mais importante que a minha. Se falarmos em fidelidade, com certeza você está em primeiro lugar…”

Natália o olhou de lado. “Depois de tantos anos, você continua um bom conversador.”

Vitor continuou com um sorriso sem graça. “Haha, devo isso à minha namorada, que me treinou bem.”

“Concentre-se na direção.”

Fabiano, de repente, cortou a conversa.

Ele temia que a conversa se tornasse ainda mais dolorosa.

Vitor imediatamente ligou o motor e ficou quieto.

O hospital ficava um pouco distante do Condomínio Nove Árvores.

No caminho, os dois no banco de trás estavam mais silenciosos do que nunca, enquanto Vitor, pensando rápido, sentiu que deveria mudar o clima.

Ele então decidiu ligar o som do carro.

Melodias familiares começaram a tocar.

“Se naquele momento eu tivesse te beijado, te abraçado, talvez o final seria incerto.”

“Eu te amo, é uma força que vem da alma, da vida…”

Era como um destino que passava por eles.

Cada palavra da letra era exatamente o que precisavam ouvir.

Natália, ouvindo, sentiu-se sufocada.

Ela levantou a mão cobrindo os ouvidos, falando de forma rígida.

“Desligue isso.”

Vitor respondeu: “Certo…”

Ele desligou a música, e o silêncio tomou conta do carro, tornando a atmosfera estranhamente tensa.

Não demorou muito para Fabiano quebrar o silêncio.

“Coloque outra música.”

Vitor perguntou: “Qual?”

Pelo vão, ainda era possível ver Vitor correndo para longe.

Natália: “…”

Que sincronia perfeita.

As portas se abriram, e Fabiano a carregou para fora, indo até a porta. Ao ver a fechadura eletrônica, finalmente a colocou no chão.

Natália, com os pés finalmente no chão, olhou para ele. Fabiano, de forma obediente, apontou para a fechadura.

“Abra a porta.”

“…”

Ele não havia aberto com facilidade na noite anterior?

Que encenação.

Natália ficou parada na porta, cruzando os braços, olhando para ele expectante.

“Já que trouxe até aqui, Sr. Alves, deve estar na hora de ir embora, não? Convidar um homem sem qualquer relação para entrar em minha casa não parece apropriado.”

Fabiano engoliu em seco. “Tudo bem, entre primeiro.”

Natália, ao ouvi-lo falar com tanta convicção, virou-se para abrir a fechadura.

“Clic——”

A fechadura se abriu e, mal entrou, seu pulso foi agarrado por uma mão grande, que a puxou suavemente.

Ela foi abraçada pelo homem, trazida para dentro de seu abraço.